
Quem estava dormindo por volta das 3h20 da madrugada desta terça (17) levou um susto e tanto. De repente, sem aviso, um barulho surdo e a sensação inconfundível de que a casa simplesmente… se mexia. Não foi pesadelo, não. Foi a terra se ajustando, como faz de vez em quando, mas sempre com um impacto arrepiante.
Câmeras de segurança em um condomínio de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, não mentem. As imagens são quase surrealistas: uma sala, aparentemente tranquila, é tomada por um ruído baixo e profundo. E então, vem o balanço. Um vaso de planta oscila de forma decidida, quase como se alguém tivesse dado um empurrão na mesa. A persiana na janela também não para quieta, tremulando como se uma ventania repentina a tivesse atingido. Dura poucos segundos, mas a impressão que fica é de que foi uma eternidade.
O serviço geológico do Brasil, a gente sabe, confirmou tudo. O tremor atingiu magnitude 3.6 na escala Richter, com epicentro localizado justamente em Contagem, a uns 5 km de profundidade. Parece pouco? Para um especialista, é um evento de baixa intensidade. Para quem estava deitado na cama sentindo o mundo tremer, é outra história completamente diferente.
E aí, vai acontecer de novo?
Essa é a pergunta de um milhão de dólares que todo mundo faz depois de um susto desses. A verdade nua e crua é que ninguém – repito, ninguém – pode prever com exatidão quando a terra vai voltar a tremer. O Brasil, felizmente, não é o Japão. Nossos tremores são geralmente mais suaves, mas a lição que fica é clara: estar informado é a melhor defesa.
Saber o que fazer na hora H faz toda a diferença. Afastar-se de janelas, não sair correndo (o pânico é o pior inimigo!) e se proteger debaixo de algo resistente, como uma mesa, são os conselhos de sempre que, num momento de crise, podem salvar vidas. A Defesa Civil está aí pra isso, mas a primeira resposta sempre vem de nós mesmos.
O mais importante? Até onde se sabe, não houve feridos nem estragos significativos. Apenas um belo de um susto coletivo e aquele frio na espinha que lembra a gente de uma coisa simples: por mais que a gente domine o mundo com concreto e aço, a natureza ainda manda alguns recadinhos de vez em quando. E olha, ela não pede licença.