
Não foi um dia qualquer na Big Apple. Por volta das 10h23 da manhã (horário local), o chão simplesmente resolveu dançar — e não foi no ritmo do jazz. Um tremor de magnitude 4.8 na escala Richter fez prédios balançarem como folhas ao vento, deixando nova-iorquinos de cabelo em pé.
"Pensei que fosse o metrô passando mais perto do que devia", contou Maria Gonçalves, brasileira que mora no Brooklyn há 3 anos. "Até que as xícaras começaram a cair da mesa..."
O que exatamente aconteceu?
Segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS), o epicentro foi em Lebanon, Nova Jersey — a uns 80 km de Manhattan. Mas, como todo bom nova-iorquino sabe, quando a cidade espirra, o mundo todo pergunta se está gripado.
- Profundidade: 5 km (raso o suficiente para ser sentido com força)
- Duração: entre 20 e 30 segundos (uma eternidade quando o chão treme)
- Réplicas: pelo menos 4 já registradas
Ah, e antes que você pergunte: não, não é comum. O último tremor relevante na região foi em 2011 — e mesmo assim foi mais fraco. Dessa vez, até o Empire State Building "dançou", segundo relatos de funcionários.
Reação em cadeia
O susto foi geral. Escritórios no Midtown esvaziaram mais rápido que happy hour de sexta-feira. Algumas escolas chegaram a evacuar — protocolo padrão, mas que deixou pais em polvorosa.
Nas redes sociais, claro, o tema dominou:
- Vídeos de lustres balançando
- Fotos de prateleiras de supermercado desarrumadas
- Memes (porque nova-iorquino não perde uma piada nem com o chão tremendo)
E o transporte? Bem... O metrô reduziu a velocidade temporariamente, mas sem grandes transtornos. Já os aeroportos JFK e LaGuardia checaram as pistas antes de retomar operações normais.
E agora?
Autoridades afirmam que não há risco imediato de novos tremores fortes, mas — e sempre tem um mas — réplicas menores podem ocorrer nos próximos dias. "É como quando você joga uma pedra num lago", explicou um geólogo à CNN. "As ondas continuam por um tempo."
Para quem está na cidade, a recomendação é velha conhecida de quem mora em áreas sísmicas:
- Se estiver dentro de casa, fique lá
- Longe de janelas e objetos que possam cair
- Se estiver na rua, cuidado com fiações e edifícios
E os brasileiros por lá? "Já tô acostumada com caos, mas tremor é novidade", brincou a carioca Juliana Martins, que trabalha num restaurante no Queens. "Pelo menos ninguém tentou fugir sem pagar a conta."