Não foi impressão não. O chão realmente moveu — e como moveu! — debaixo dos pés dos moradores da Grande Belo Horizonte nesta quarta-feira, 18 de setembro. Por volta das 14h30, um tremor de terra, aquele susto de fazer coração parar, sacudiu a região e botou todo mundo pra correr pra rua.
Janelas balançando que pareciam prestes a voar, portas rangendo, aquela sensação de vertigem que ninguém consegue explicar direito. Quem estava em casa, no trabalho, onde fosse, parou na hora. "Pensei que fosse um caminhão passando bem rápido", contou uma moradora de Betim, ainda com a voz trêmula. "Mas aí vi que não... era outra coisa."
E não parou por aí. O Serviço Geológico do Brasil (SGB) confirmou a ocorrência — e não foi fraquinho não. O abalo principal atingiu magnitude preliminar de 3.2 na escala Richter, com epicentro localizado justamente entre os municípios de Ibirité e Sarzedo. Uma região que, diga-se de passagem, não é exatamente novata no quesito "chão tremendo".
Vídeos mostram o momento do susto
E como a era é digital, os registros do susto não demoraram a inundar as redes sociais. Em um vídeo que viralizou, dá pra ver perfeitamente as janelas de um prédio balançando de forma assustadora, como se uma força invisível estivesse tentando arrancá-las. Noutro, a câmera de segurança de uma casa captura a imagem tremendo subitamente, enquanto objetos leves caem de prateleiras. É de gelar a espinha, sério.
"Todo mundo saiu assustado para a rua. A gente não sabia o que estava acontecendo", relatou uma professora de Contagem, que preferiu não se identificar. O medo, aquela incerteza do que virá a seguir, é o pior de tudo.
Mas, afinal, por que tanto tremor em Minas?
Calma, que a gente explica — e a resposta não tem nada a ver com profecias apocalípticas. Segundo os sismólogos, a explicação está bem aqui embaixo dos nossos pés. A região Sudeste do Brasil, e Minas Gerais em especial, está sobre uma falha geológica antiga, uma cicatriz no subsolo.
De vez em quando, as rochas ali acumulam tensão e, pimba! Elas se rompem pra liberar toda aquela energia armazenada. O resultado? O chão dá aquela tremidinha característica. São os chamados tremores intraplaca, bem diferentes dos megaterremotos que assolam países como o Japão.
E olha, isso é mais comum do que se imagina. Só no primeiro semestre deste ano, mais de 80 abalos sísmicos já foram registrados em território mineiro. A maioria, é claro, tão fraca que a gente nem percebe. Mas quando passa dos 2.5... aí a festa é garantida.
E agora, o que fazer?
Se o chão voltar a tremer, a regra de ouro é uma só: não entre em pânico. A Defesa Civil orienta:
- Se estiver em um prédio, afaste-se de janelas e vitrais
- Procure abrigo embaixo de uma mesa ou escada
- Nunca use elevadores durante o tremor
- Se estiver na rua, fique longe de postes e fiação
Os bombeiros confirmaram que receberam várias chamadas, mas, até o momento, não há registros de feridos ou estragos graves. Apenas aquele susto que demora a passar — e os memes, que já começaram a pipocar na internet, é claro. Mineiro até leva susto, mas não perde a chance de um bom humor, não é mesmo?
