Quem passou pelo Leblon nesta manhã levou um susto e tanto. O mar, que normalmente brinca de mansinho com a areia, resolveu dar um show de força — e que show! Ondas gigantescas, daquelas que fazem até o mais experiente surfista pensar duas vezes, invadiram a orla como se fossem donas do pedaço.
A cena foi digna de filme: calçadão alagado, quiosques quase levando um banho indesejado e aquela maresia que grudou até nos prédios mais altos. Não deu outra — a prefeitura, sabendo das manhas do Rio quando o assunto é ressaca, correu para interditar o trecho entre a Rua Dias Ferreira e a Avenida Delfim Moreira.
Segurança em primeiro lugar
"Melhor prevenir do que remediar", deve ter pensado o prefeito ao acionar o plano de contingência. E não é exagero: em 2016, uma ressaca parecida deixou a cidade de cabelo em pé com os estragos. Desta vez, a lição foi aprendida.
Os agentes da Defesa Civil trabalharam feito formiguinhas, colocando aquelas fitas amarelas que ninguém gosta de ver mas todo mundo respeita. Até barreiras físicas rolaram em pontos críticos — coisa séria mesmo.
E os banhistas?
Ah, os corajosos que insistem em desafiar o mar bravo... Bom, a Guarda Municipal teve trabalho extra para convencer alguns teimosos de que selfie com onda gigante não combina com segurança. "Mas eu só queria dar um mergulho rápido", ouviram várias vezes. Sorte que ninguém se machucou — desta vez.
Os quiosqueiros, esses sim, fizeram cara de choro. "Perdi umas cinco mesas que viraram barco", contou um deles, rindo pra não chorar. O prejuízo ainda está sendo calculado, mas a prefeitura já avisou que vai avaliar os danos assim que o mar der trégua.
Enquanto isso, o conselho é simples: fique longe da orla. O mar tá com dias de mau humor, e brincar com ele agora é pedir pra se arrepender. A interdição segue até segunda ordem, ou até Netuno decidir se acalmar — o que vier primeiro.
