Tragédia em RO: Mulher não resiste a ferimentos após ser atingida por árvore durante vendaval
Mulher morre após ser atingida por árvore durante vendaval em RO

Que ironia do destino, não é mesmo? Uma simples tempestade, daquelas que a gente até espera durante a estação chuvosa, acabou se transformando numa tragédia familiar irreparável. E olha que a gente sempre acha que esse tipo de coisa só acontece com os outros...

Dona Maria de Fátima da Silva, uma senhora de 63 anos que tinha toda uma vida pela frente, estava apenas tentando se proteger dentro de casa quando o impensável aconteceu. Durante aquele vendaval que varreu Porto Velho no último dia 22 de agosto – quem mora aqui sabe como o tempo pode pregar peças –, uma árvore de grande porte simplesmente não aguentou a fúria dos ventos.

O barulho deve ter sido assustador. Imagine só: o temporal lá fora, o vento uivando, e de repente... um estrondo seguido de destroços. A árvore, que deveria oferecer sombra e beleza, tornou-se um instrumento fatal ao cair exatamente sobre a residência onde Maria de Fátima buscava refúgio.

Uma batalha pela vida

O resgate foi imediato, segundo testemunhas que ainda parecem abaladas com a lembrança. Bombeiros trabalharam contra o tempo para retirá-la dos escombros, mas os ferimentos eram graves – muito graves. Imediatamente levada para o Hospital de Urgências de Porto Velho, ela foi direto para a UTI.

E aqui vem a parte mais dolorosa: durante semanas, Maria de Fátima lutou com uma coragem que só quem tem muita vontade de viver demonstra. Familiares se revezavam na espera, médicos e enfermeiros fizeram o possível – e o impossível –, mas algumas batalhas, infelizmente, são perdidas mesmo com todo o empenho.

Na última sexta-feira, 19 de setembro, o silêncio no hospital disse tudo. Após mais de três semanas de internação, seu corpo não aguentou mais. O que começou como um dia comum terminou como uma história de alerta para todos nós.

Além da tragédia: o que podemos aprender?

Esse caso me faz pensar em quantas árvores por aí precisam de avaliação, especialmente perto de residências. Será que estamos mesmo preparados para esses eventos climáticos que parecem cada vez mais frequentes?

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É triste pensar que sometimes a natureza, que tanto amamos, pode se voltar contra nós de forma tão brutal. Mas talvez a lição que fica – além, claro, da enorme dor da família – é que precisamos estar mais atentos aos riscos que parecem óbvios, mas que frequentemente ignoramos no dia a dia.

Maria de Fátima era aposentada, mãe, avó... Tinha histórias para contar e sonhos ainda por realizar. Sua partida deixa um vazio que palavras não preenchem, mas também serve como um alerta mudo sobre como a vida pode ser frágil diante das forças da natureza.

Que descanso em paz, e que sua história nos faça refletir sobre prevenção e segurança. Porque no fim das contas, como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar – ainda que, neste caso, o remediar tenha sido uma batalha perdida.