
Imagine você curtindo aquele visual paradisíaco de Pipa, no Rio Grande do Norte, e de repente... a terra literalmente cede. Foi mais ou menos isso que aconteceu na manhã desta segunda-feira (8), num daqueles sustos que a gente nunca espera, mas que a natureza às vezes prega.
Por volta das 8h30, um pedaço do barranco simplesmente desmoronou na Praia do Madeiro, um dos cartões-postais mais famosos do litoral potiguar. O estrago? A terra veio abaixo bem em cima de alguns chalés de um hotel que fica coladinho na falésia.
A sorte, e isso é o que realmente importa, é que ninguém se machucou. Segundo os bombeiros, que foram acionados rapidamente, todos os hóspedes e funcionários já haviam sido retirados do local antes que a coisa ficasse feia. Ufa!
Área interditada e uma lição de respeito à natureza
A Defesa Civil do município de Tibau do Sul não deu moleza. Imediatamente, interditou a área toda ao redor. Nada de acesso para hóspedes ou curiosos. A ordem agora é aguardar uma vistoria técnica minuciosa para avaliar a estabilidade do solo e o real risco de novos deslizamentos.
É aquela velha história, né? As falésias de Pipa são lindas de se ver, mas são formations naturais frágeis, que sofrem constantemente com a ação do mar e das chuvas. Especialistas já vinham alertando sobre os perigos da ocupação muito próxima a esses barrancos. E olha, não é que deram razão?
O hotel, é claro, vai ter que lidar com o prejuízo material e a interdição. Mas, cá entre nós, o maior prejuízo seria mesmo se alguém tivesse se ferido.
E agora, o que vai ser da paisagem?
Todo mundo que conhece Pipa sabe que a charmosa Praia do Madeiro é um dos pontos mais cobiçados. O visual é de cair o queixo, com seus coqueiros e a faixa de areia dourada. Esse incidente joga um holoforte sobre um debate importante: até onde podemos avançar sobre a natureza em nome do turismo?
Enquanto a perícia técnica não libera a área, o jeito é admirar a paisagem de longe e torcer para que tudo se resolva com segurança. O balanço do fim de semana, felizmente, termina com zero feridos, mas com um grande alerta sobre a força — e a fúria — da natureza.