
Não foi um dia qualquer para os bombeiros de Piquete, no interior de São Paulo. Por volta das 11h desta quinta-feira (25), um chamado de emergência fez os corações da equipe apertarem: uma garota de apenas 14 anos precisava de ajuda urgente no alto do Pico do Marins — e não dava pra chegar lá de carro, não.
Segundo testemunhas, a adolescente — cujo nome não foi divulgado — sofreu uma queda durante uma trilha na montanha que beira os 2.400 metros de altitude. "Ela tava com a família quando escorregou numa pedra molhada", contou um dos socorristas, ainda ofegante. "A menina reclamava de muita dor na perna, então sabíamos que precisávamos agir rápido."
Operação nas alturas
O que se seguiu foi uma daquelas cenas que parecem saídas de filme: um helicóptero do Corpo de Bombeiros decolou de Taubaté com uma equipe médica especializada. Enquanto isso, outros socorristas subiam a pé pelo terreno íngreme — porque, convenhamos, montanha não perdoa erro.
"O vento tava forte pra caramba lá em cima", revelou o piloto, que preferiu não se identificar. "Mas a gente treina pra essas situações. Aterrissar naquela altitude com turbulência não é brincadeira, mas conseguimos."
"Parecia que ia desmaiar de dor"
A jovem foi estabilizada no local com uma tala improvisada — esses heróis de uniforme sabem fazer milagres com pouco — antes do transporte aéreo para o Hospital Regional de Cruzeiro. Lá, os médicos confirmaram: fratura no fêmur. Nada simples, mas pelo menos sem risco de vida.
Curiosidade: o Pico do Marins é o segundo mais alto de SP, perdendo só para a Pedra da Mina. E justo nesse cenário deslumbrante — que atrai aventureiros o ano todo — a natureza mostrou seu lado mais traiçoeiro. "A trilha tava escorregadia por causa da geada dessa manhã", explicou um dos parentes da vítima, ainda visivelmente abalado.
Lição que fica
Os bombeiros aproveitaram pra dar aquele puxão de orelha preventivo: "Galera, montanha exige preparo. Calçado adequado, kit primeiros socorros e, principalmente, respeitar os limites do corpo". A adolescente, agora em recuperação, deve levar algumas semanas pra voltar a andar normalmente.
Ah, e detalhe: a família era de turistas de Minas Gerais. Imagina só o susto? Mas no final, tudo terminou bem — graças à perícia dos socorristas que, diga-se de passagem, merecem um baita reconhecimento.