Não é de hoje que o bolso do motorista sofre com os pedágios — e no Paraná, a coisa esquentou. O governo estadual soltou a bomba: o Lote 4.5, aquele trecho que corta cidades como Londrina e Maringá, vai ter reajuste nas tarifas a partir de agosto. E olha, não foi pouco.
Enquanto uns defendem que o aumento é necessário para "manutenção digna das estradas" (palavras oficiais), outros já estão vendo a conta subir e torcendo o nariz. "Todo ano é a mesma novela", reclama o caminhoneiro José Almeida, que faz o trajeto três vezes por semana. "Dizem que melhora, mas a lombada que quebrou meu eixo mês passado tá lá até hoje."
Detalhes que doem no bolso
Pra quem não acompanha o noticiário econômico com café da manhã, aqui vai o resumo da ópera:
- Carros de passeio: salto de R$ 12,40 para R$ 14,20 (quase 15% a mais!)
- Caminhões: de R$ 41,30 pra R$ 46,80 — um aperto e tanto pra frota
- Ônibus intermunicipais: reajuste de 11%, que deve pingar no preço das passagens
E tem mais: o contrato prevê correção anual pelo IPCA + 3%. Traduzindo? Todo ano vai subir, e não é pouco. "É o famoso 'pague mais e espere pra ver'", brinca — sem graça — a economista Fernanda Castro.
O outro lado da moeda
Claro que a concessionária ARTP (sim, aquela mesma das últimas polêmicas) garante que o dinheiro extra vai virar asfalto novo e sinalização repaginada. Prometem até "tecnologia de monitoramento de última geração" — mas quando perguntados sobre prazos, o máximo que saiu foi um "em breve".
Já o DER-PR soltou nota dizendo que "o modelo garante sustentabilidade financeira para a malha rodoviária". Só esqueceram de avisar que sustentabilidade pro orçamento familiar é outra história...
Enquanto isso, nas redes sociais, o debate esquenta. De memes comparando pedágios a assaltos daylight até discussões acaloradas sobre privatização. Uma coisa é certa: ninguém ficou indiferente. E você? Acha justo pagar mais pelo mesmo trajeto?
