
O cenário é preocupante — e agora vai passar pelo crivo do Tribunal de Contas. O sistema prisional catarinense, que vive um déficit absurdo de 6,9 mil vagas, além de ter obras importantes emperradas, será alvo de uma auditoria detalhada. Não é pouca coisa: estamos falando de um problema que já virou caso de polícia (literalmente).
O que está pegando?
Pra começar, as cadeias de Santa Catarina estão estourando pelas costuras. Com uma capacidade original pra pouco mais de 11 mil presos, o estado hoje abriga quase 18 mil — e a conta não fecha. Enquanto isso, pelo menos 5 obras de unidades prisionais estão paradas, algumas desde 2021. Alguém aí lembra do conceito de "urgência"?
Os números que doem
- Déficit atual: 6.934 vagas (quase 7 mil pessoas dormindo onde não deveriam)
- Obras paralisadas: 5 unidades travadas no papel e no canteiro
- Tempo de atraso: algumas obras já passam dos 3 anos de espera
"Mas por que isso acontece?" — você deve estar se perguntando. Bom, entre licitações problemáticas, falta de verba e (vamos combinar) uma certa falta de prioridade, o problema só fez crescer. O TCE agora quer botar a lupa em cada centavo e cada atraso.
E agora, José?
O presidente do TCE, Herneus De Nadal, foi direto ao ponto: "Não dá pra empurrar com a barriga". A auditoria vai vasculhar desde os contratos até o último tijolo não colocado. E olha que interessante: eles prometem ouvir tanto o governo quanto empresas e órgãos envolvidos. Quem viver, verá.
Enquanto isso, nas ruas, o efeito dominó é visível. Com cadeias lotadas, o judiciário acaba soltando gente que talvez não devesse — e aí o ciclo se repete. Um verdadeiro "enrola ou desenrola" que só prejudica a segurança de todos.
Uma coisa é certa: quando o relatório final sair, muita gente vai ter que explicar (e se explicar). Santa Catarina merece respostas — e soluções que não fiquem só no papel.