
Eis que o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) finalmente se pronuncia sobre as contas da Prefeitura de Manaus referentes a 2022 e 2023. Aprovadas? Sim, mas não sem antes soltar um "mas" que ecoa pelos corredores do poder público.
O placar não foi de vitória limpa. Longe disso. As ressalvas impostas pelo tribunal pintam um cenário onde o verde da aprovação vem tingido de amarelo — sinal de atenção para quem está no comando.
O que exatamente levantou sobrancelhas no TCE?
Parece que a gestão municipal tropeçou em algumas pedras bem conhecidas do caminho da administração pública. Entre os pontos criticados, destacam-se:
- Falhas nos processos licitatórios que deixaram brechas para questionamentos
- Procedimentos contábeis que não seguiram à risca o manual de boas práticas
- Falta de clareza em algumas despesas que mereciam explicações mais detalhadas
Não são exatamente novidades no mundo da coisa pública, mas sempre causam desconforto quando aparecem nas pranchetas dos técnicos do tribunal.
E agora, o que acontece?
A prefeitura, claro, não levou uma carta de amor do TCE. As ressalvas funcionam como um puxão de orelhas formal — um alerta de que certas práticas precisam mudar, e rápido. O prefeito e sua equipe terão que correr atrás do prejuízo burocrático e demonstrar que levaram as observações a sério.
O interessante é que isso acontece num momento onde a opinião pública está particularmente atenta às questões de transparência. O cidadão manauara, cansado de promessas vazias, espera mais do que apenas números aprovados — quer ver eficiência e honestidade no uso do seu suado dinheiro.
Resta saber se essa aprovação com ressalvas servirá como wake-up call para a administração ou se será apenas mais um capítulo na longa novela da gestão pública brasileira. Uma coisa é certa: o TCE não baixou a guarda, e a sociedade espera o mesmo rigor na fiscalização dos próximos exercícios.