
Parece que a conta chegou — e não dá mais pra empurrar com a barriga. O Ministério Público do Rio Grande do Norte soltou o verbo esta semana sobre as condições das unidades socioeducativas do estado. E olha, não é bonito de se ver.
Num documento que mais parece um soco no estômago, os promotores listaram uma série de problemas que transformam esses lugares — que deveriam recuperar vidas — em depósitos de jovens. Telhados que mais parecem peneiras, banheiros que dariam nojo até em filme de terror, e uma falta de profissionais que beira o absurdo.
O que está pegando:
- Infiltrações que fazem as paredes chorarem — literalmente
- Fios elétricos expostos como cobras prontas para atacar
- Equipes tão reduzidas que mal dão conta do básico
"É inacreditável que, em pleno 2025, a gente ainda precise brigar por condições mínimas de dignidade", soltou um técnico que prefere não se identificar. E não é pra menos — alguns banheiros têm mais fungo do que certas cavernas amazônicas.
O MP não brincou em serviço:
Deram 30 dias para o estado apresentar um plano de ação. Trinta dias! Parece pouco, mas quando a casa está pegando fogo, não dá pra marcar reunião na próxima quinzena. A recomendação é clara: ou arrumam a casa, ou a Justiça pode ser chamada para botar ordem no galinheiro.
O pior? Isso não é novidade. Há anos se fala na necessidade de reformas, enquanto os adolescentes — muitos deles aguardando julgamento — continuam em condições que fariam qualquer pai de classe média alta ter um ataque de nervos.
Enquanto isso, o governo do estado emitiu uma nota dizendo que "está analisando as recomendações". Traduzindo: mais um caso de empurra-empurra enquanto a bomba-relógio continua ticando.