Justiça exige medidas urgentes de segurança em ferrovias da Zona da Mata após riscos identificados
Justiça determina medidas de segurança em ferrovias da Zona da Mata

Não é de hoje que os trilhos da Zona da Mata mineira preocupam moradores e autoridades. A situação chegou a um ponto crítico — e a Justiça finalmente decidiu intervir. Em uma decisão que muitos consideram tardia, mas necessária, a MRS Logística foi obrigada a tomar providências imediatas para garantir a segurança em trechos considerados de alto risco.

O que aconteceu? Basicamente, a empresa — responsável por boa parte do transporte ferroviário na região — foi pega de calças curtas. Inspeções revelaram falhas gritantes em vários pontos da linha férrea, desde sinalização precária até estruturas que parecem ter visto melhor dias. "É um convite ao desastre", comentou um técnico que preferiu não se identificar.

O que a Justiça determinou

A decisão judicial não deixou margem para interpretações dúbias. Entre as medidas exigidas:

  • Instalação de sistemas de alerta mais eficientes em cruzamentos perigosos
  • Recuperação urgente de trechos com erosão ou desgaste excessivo
  • Fiscalização periódica independente — porque confiar cegamente nunca foi uma boa ideia
  • Plano de contingência atualizado para emergências

Não é exagero dizer que a região respira aliviada com a decisão. "A gente vive com o coração na mão toda vez que ouve o apito do trem", confessou Dona Maria, moradora de um bairro cortado pela ferrovia.

Os números que assustam

Os dados — quando existem — pintam um quadro preocupante:

  • +15% de incidentes registrados nos últimos 2 anos
  • 3 descarrilamentos "menores" só em 2024 (antes que alguém pergunte: sim, descarrilamento menor é um termo técnico que deveria ser proibido)
  • 47 reclamações formais de moradores sobre barulho excessivo e vibrações

A MRS Logística, por sua vez, garante que "sempre priorizou a segurança" (frase que, convenhamos, toda empresa problemática usa). Prometeram cumprir as determinações judiciais "no menor prazo possível", o que na linguagem corporativa pode significar qualquer coisa entre amanhã e o próximo eclipse.

Enquanto isso, a população local torce para que desta vez as promessas saiam do papel. Afinal, quando o assunto é transporte ferroviário, prevenir acidentes não é luxo — é obrigação.