CPI da Dívida de Teresina: Ex-secretários na mira por rombo bilionário de R$ 3 bi
CPI apura rombo de R$ 3 bi na prefeitura de Teresina

O clima na CPI da Dívida Pública de Teresina estava mais pesado que arroz de festa de quarta-feira. Três ex-secretários de Finanças, que um dia comandaram os cofres da cidade, sentaram na berlinda para tentar explicar o inexplicável: como se chegou a um rombo de três bilhões de reais nas contas municipais?

Parece piada, mas a conta não fecha. E olha que não é de hoje. A investigação, que já virou um verdadeiro thriller contábil, apura um déficit que vem se arrastando desde 2021. Três bilhões! Dá para construir quantos hospitais? Quantas escolas? A pergunta que não quer calar é: para onde foi esse dinheiro todo?

O que disseram os ex-gestores?

Em um jogo de empurra-empurra que já era esperado, cada ex-secretário—que passou pelo cargo entre 2021 e 2024—jogou a batata quente para o lado. Um alegou que "herdou uma situação complicada". Outro, que "as contas foram assumidas com restrições orçamentárias graves". O terceiro, nem se fala, citou a pandemia como justificativa para tudo. Conveniente, não?

Mas os parlamentares da CPI, que não nasceram ontem, ficaram com a pulga atrás da orelha. Se o problema era conhecido, por que ninguém fez nada para estancar a hemorragia? Cadê o plano de contingência? Onde estava o controle?

O papel do Tribunal de Contas e a dívida rolando

Aqui a coisa fica ainda mais espinhosa. Um dos pontos centrais da investigação é um tal de refinanciamento da dívida feito com o Estado. A CPI quer saber se essa operação—que rola dívidas antigas para frente—foi feita nos conformes ou se foi mais uma manobra para mascarar a real situação financeira do município.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) já havia sinalizado que algo cheirava mal. E agora, com os depoimentos, a suspeita só aumenta. Será que alguém vai segurar a bronca?

O fato é que a população de Teresina é quem paga o pato. Com um rombo desses, os serviços públicos ficam capengas, os investimentos param e no final quem se ferra é o cidadão comum. É de dar nos nervos.

E aí, será que vai sobrar para alguém? A CPI promete novas convocações. A gente fica de olho.