
A Agência Nacional de Mineração (ANM) enfrenta uma situação crítica que coloca em risco a fiscalização de barragens em Minas Gerais. Em comunicado oficial, a agência anunciou que não possui recursos suficientes para manter suas operações na sede de Belo Horizonte e garantir o monitoramento adequado das estruturas de mineração.
Crise Orçamentária Ameaça Segurança
A falta de verba atinge diretamente a capacidade da ANM de cumprir seu papel fundamental: garantir a segurança das barragens que armazenam rejeitos de mineração. Minas Gerais, estado com o maior número dessas estruturas no país, fica especialmente vulnerável.
Segundo a agência, a situação é tão grave que pode levar ao:
- Paralisia das atividades de fiscalização em campo
- Redução drástica do monitoramento das barragens
- Risco iminente de não conseguir responder a emergências
- Comprometimento da segurança das comunidades próximas
Impacto Imediato nas Operações
A crise financeira já afeta o funcionamento da sede em Belo Horizonte, que é responsável por coordenar as ações em Minas Gerais, estado que concentra centenas de barragens de mineração, incluindo várias classificadas como de alto risco.
"A situação é alarmante e exige atenção imediata das autoridades", alerta especialista em segurança de barragens. "Sem fiscalização adequada, aumentam os riscos de novos desastres ambientais e humanos."
Histórico Preocupante
O anúncio da ANM ocorre em um contexto marcado por tragédias recentes envolvendo barragens em Minas Gerais. As catástrofes de Mariana (2015) e Brumadinho (2019) deixaram claro o potencial devastador dessas estruturas quando não há monitoramento adequado.
A população mineira, especialmente aquelas que vivem próximas a barragens, acompanha com apreensão o desenrolar desta crise que pode definir o futuro da segurança mineral no estado.