O domingo, que prometia ser tranquilo, se transformou em um pesadelo meteorológico para os moradores da Grande São Paulo. Por volta das 16h, o céu escureceu de repente — daquela maneira ameaçadora que quem vive na metrópole conhece bem — e uma tempestade de uma força rara desabou sobre a região.
Os ventos foram, sem dúvida, os verdadeiros protagonistas dessa história. E não eram ventos qualquer. Rajadas que bateram incríveis 98 km/h foram registradas, um verdadeiro furacão em miniatura que não deu tréguas. A Defesa Civil do estado não hesitou e emitiu um alerta de perigo para ventania, mas a velocidade com que tudo aconteceu pegou muitos de surpresa.
E o resultado? Bem, era previsível. O cenário pela manhã de segunda-feira era de destruição. Dezenas de árvores, algumas enormes e centenárias, simplesmente não resistiram à fúria dos ventos e tombaram. Ruas inteiras ficaram bloqueadas, transformando o já complicado trânsito da capital em um verdadeiro quebra-cabeça para os motoristas.
Queda de Energia e Caos nos Transportes
Para piorar a situação, a tempestade brincou com a fiação elétrica. A Enel, concessionária de energia, reportou uma interrupção no fornecimento que afetou nada menos que 120 mil unidades consumidoras. Imagine só: sem luz, em pleno temporal, com o barulho ensurdecedor do vento lá fora. Foi assim para muita gente.
Os bombeiros, é claro, tiveram uma noite mais que agitada. Eles receberam um volume absurdo de chamados — cerca de 70 até as 23h —, a maioria para remoção de árvores e galhos que ameaçavam cair sobre casas e carros. Um trabalho de formiguinha, e perigoso, diga-se de passagem.
E não parou por aí. Até a linha 15-Prata do Metrô, aquela de superfície, sentiu o baque. Os ventos forçaram a redução da velocidade dos trens como medida de segurança, um transtorno a mais para quem dependia do serviço.
E o Clima para os Próximos Dias?
Agora, a pergunta que não quer calar: isso vai se repetir? Segundo os meteorologistas, segunda-feira (23) segue com tempo instável. A previsão é de mais chuva, mas — e aqui vai um alívio — os ventos devem perder bastante a sua intensidade. Nada parecido com o que se viu no domingo.
Uma lição que fica é que o tempo não brinca em serviço. Eventos extremos como esse, que pareciam mais raros, estão se tornando cada vez mais frequentes. E a cidade, com sua infraestrutura tantas vezes precária, fica ainda mais vulnerável. Resta torcer para que os estragos sejam reparados rápido e que a normalidade volte às ruas paulistanas.
