
Era pra ser mais um domingo qualquer na Praia de Itararé, em São Vicente. O sol brincava com as nuvens, o mar estava sereno — aquela paz típica de final de semana que todo mundo espera. Mas o tempo, esse sujeito imprevisível, resolveu pregar uma peça dos diabos.
Por volta das 15h, sem muita cerimônia, uma ventania daquelas que parecem saída de filme catastrófico chegou arrasando. E não foi chegando de mansinho, não. Foi chegando pra valer, com direito a móveis voando feito papel e gente correndo em todas as direções. Uma cena, digamos, pouco comum para setembro.
O caos em vídeo
Quem estava lá registrou tudo — e que registro! As imagens mostram mesas de bar e cadeiras sendo arrastadas como se fossem de isopor. Algumas simplesmente decolaram, outras rodopiaram num balé desengonçado pelo calçadão. Os guarda-sóis, coitados, viraram tartarugas viradas de costas, se debatendo contra o vento.
E os banhistas? Bem, a reação foi instantânea. Uns correram para buscar suas coisas, outros se agarraram no que puderam — postes, árvores, qualquer coisa que parecesse firme. Teve gente que simplesmente ficou parada, em choque, assistindo àquela força da natureza agir. Quem nunca, né?
"Parecia um furacãozinho"
Um vendedor ambulante, que prefere não se identificar — até porque ainda estava tremendo das pernas —, contou que nunca tinha visto coisa parecida. "Eu tava arrumando minha barraca quando veio um barulho ensurdecedor. Em segundos, tudo virou de cabeça pra baixo. Parecia um furacãozinho, sério mesmo."
Os estabelecimentos da orla, é claro, sofreram bastante. Bares e restaurantes tiveram que recolher tudo às pressas. Algumas mesas quebraram, cadeiras foram parar longe... Prejuízo certo, mas o importante é que ninguém se feriu gravemente. Teve uns arranhões, uns sustos monumentais, mas nada mais grave. A sorte, digamos, sorriu por não ter sido pior.
O que mais impressiona — além da força do vento, claro — é como essas coisas pegam a gente desprevenido. Um minuto você está tomando sua água de coco, no outro está segurando o chapéu e a dignidade. A natureza tem dessas reviravoltas dramáticas.
E agora? Bom, o tempo já se acalmou, mas o assunto ainda rende conversas na cidade. Moradores mais antigos dizem que ventanias assim são raras, mas não inéditas. Já os mais novos, esses ficaram com uma história pra contar — e com um respeito renovado pelos caprichos do tempo.