Igreja no Paraná celebra missas sem telhado após granizo destruir estrutura em temporal histórico
Igreja no PR faz missas sem telhado após granizo destruir tudo

Imagine estar numa missa tranquila de domingo e, de repente, o céu literalmente cair sobre sua cabeça. Foi exatamente isso que aconteceu com os fiéis da Igreja São Sebastião, em Ponta Grossa, quando um temporal histórico transformou o lugar sagrado num campo de destroços.

Não foi qualquer chuva — foi uma daquelas tempestades épicas que ficam na memória por gerações. Granizos do tamanho de bolas de golfe (alguns juram que eram de tênis!) despencaram com uma violência rara, convertendo o telhado secular numa espécie de quebra-cabeça desmontado.

O que restou depois da fúria do tempo

O estrago foi, sem exagero, monumental. A estrutura centenária simplesmente não aguentou a fúria dos elementos — madeiras se estilhaçaram, telhas viraram pó, e o interior da igreja… bem, digamos que ficou com uma "vista privilegiada" para as nuvens.

Curiosamente, nem tudo se perdeu. O altar principal — ironia ou milagre? — permaneceu praticamente intacto, como se desafiasse a lógica da física. Os bancos, alguns danificados, outros surpreendentemente ilesos, agora testemunham celebrações incomuns.

Fé a céu aberto: as missas sem teto

Aqui é onde a história fica realmente interessante. Ao invés de fechar as portas — ou melhor, o que restou delas — a comunidade decidiu fazer das tripas coração. Literalmente.

As celebrações continuam, mas agora com um detalhe surreal: não há teto. Os fiéis rezam sob o sol, a chuva fina, o sereno da noite. É como se a catedral gótica tivesse virado uma igreja ao ar livre, sem planejamento arquitetônico que justifique.

"É estranho, mas bonito de ver", conta uma senhora de 78 anos que frequenta o local desde criança. "Rezamos olhando para o céu — talvez seja uma mensagem."

O longo caminho da reconstrução

Obviamente, ninguém pretende ficar eternamente exposto aos caprichos meteorológicos. A comunidade já se mobiliza — vaquinhas, bazares, pedidos de ajuda às autoridades — mas reconstruir um telhado histórico não é como trocar um pneu.

Há questões técnicas complexas: madeiras especiais, telhas artesanais, aprovações do patrimônio histórico. Enquanto isso, as missas seguem seu curso improvável, com guarda-chuvas aparecendo entre os bancos como flores coloridas num campo devastado.

Uma lição curiosa sobre resiliência — humana e espiritual — num mundo cheio de imprevistos. Afinal, quem precisa de telhado quando se tem fé? (Bom, na verdade todo mundo precisa, mas a metáfora é poderosa).