Não é exagero dizer que a terra tremeu — mas não por terremotos. As águas simplesmente não pararam de cair, transformando ruas em rios furiosos e lares em ilhas de desespero. O norte da Índia, especialmente o estado montanhoso de Uttarakhand, vive horas de angústia e correria contra o tempo.
Mais de doze mil pessoas… imagine só. Doze mil histórias, famílias, vidas interrompidas da noite para o dia. Muitas tiveram que abandonar tudo — documentos, móveis, fotos — com a água batendo na cintura. Outras, nem tempo tiveram.
Operação de resgate: helicópteros, botes e muita coragem
O exército indiano não mede esforços. Já são mais de 2.500 pessoas salvas por equipes de emergência, muitas delas helicópteros que desafiam o tempo ainda instável para chegar a áreas isoladas. Há relatos de idosos e crianças sendo carregados nos ombros de soldados, verdadeiros heróis anônimos dessa tragédia.
E não para por aí. Dezenas de pessoas seguem desaparecidas — e cada hora conta. Parentes se aglomeram em centros de evacuação, olhos fixos no céu, na esperança de notícias. É de cortar o coração.
Além dos números: a crise humanitária se aprofunda
Os abrigos temporários estão superlotados. Comida, água potável e cobertores são escassos. E, como se não bastasse, o risco de doenças — como leptospirose e infecções por água contaminada — começa a pairar como uma ameaça silenciosa.
Ah, e tem mais: várias estradas e pontes simplesmente… sumiram. Destruídas pela força das águas. Isso complica ainda mais o acesso a regiões remotas, onde comunidades inteiras podem estar ilhadas, sem comunicação.
Não é a primeira vez que a Índia enfrenta algo assim, é verdade. Mas a intensidade — cada vez mais frequente — assusta. Será o novo normal? Muitos moradores, com voz trêmula, dizem que nunca viram coisa parecida.
Enquanto isso, a previsão do tempo não dá trégua. Mais chuva está a caminho. E o pior pode estar por vir.
