O coração de uma família brasileira está em pedaços. E não é exagero dizer isso. Na última semana, um jovem do Sul do Rio — cheio de sonhos, planos e aquela energia típica de quem tá começando a vida — partiu de repente. Em Ibiza, ilha espanhola conhecida pelas festas, mas que agora vai ficar marcada por uma tragédia.
"A gente nunca tá preparado", diz o pai, com a voz embargada. E como poderia estar? Seu filho, de apenas 22 anos, morreu após um acidente durante um passeio de barco. Detalhes ainda são escassos — a família aguarda o repatriamento do corpo —, mas o que não falta é dor. "É como se tivessem arrancado um pedaço de mim", desabafa.
Um futuro interrompido
O rapaz — vamos chamá-lo de Lucas, porque nomes próprios doem menos — estava naquela fase mágica da vida. Tinha acabado de se formar, arrumado o primeiro emprego na área e resolvido "comemorar com os amigos". Ibiza parecia o destino perfeito. Até que deixou de ser.
O pai, entre lágrimas, conta que o filho era "alegre, determinado e cheio de luz". Alguém que "fazia amigos em cinco minutos". E agora? "Vai fazer falta no almoço de domingo, nas piadas sem graça, no jeito dele de abraçar".
O pesadelo burocrático
Além da dor, a família enfrenta outra batalha: trazer o corpo para o Brasil. Entre documentos, autorizações e a lentidão dos trâmites internacionais, o processo é "um suplício". "Quero poder enterrar meu filho em casa", diz o pai, que já contabiliza quase uma semana de espera.
Enquanto isso, nas redes sociais, amigos postam homenagens. Fotos de Lucas sorrindo, vídeos de comemorações, mensagens de "não acredito". A vida segue — mas pra essa família, nunca mais vai ser a mesma.
No fim, resta uma lição dura: a gente nunca sabe quando é a última vez. O último "te amo", o último abraço, o último "até logo". Por isso, talvez valha a pena dizer — ou fazer — hoje o que você deixaria pra amanhã.
