
Num trabalho que mistura precisão científica e sensibilidade humana, os peritos responsáveis pela identificação das vítimas do acidente da Voepass mostraram por que são referência na área. Em menos tempo do que se imaginava possível, conseguiram dar respostas às famílias enlutadas — e isso não foi por acaso.
O que tornou essa identificação tão rápida?
Diferentemente do que muita gente pensa, não se trata apenas de "sorte" ou "tecnologia avançada". É uma combinação de fatores que inclui:
- Protocolos bem estabelecidos: A equipe já tinha um plano de ação para emergências como essa
- Cooperação entre instituições: IML, polícia civil e equipes médicas trabalharam em sintonia quase perfeita
- Registros odontológicos atualizados: Fundamental para identificações rápidas em acidentes aéreos
E aqui vai um detalhe que pouca gente sabe: os peritos começaram o trabalho antes mesmo de todos os corpos chegarem ao local de exame. "Quando há vidas em jogo — mesmo que para identificação póstuma — cada minuto conta", explicou um dos responsáveis, que preferiu não se identificar.
Tecnologia a serviço das famílias
Enquanto nas redes sociais pipocavam especulações sem fundamento, nos bastidores, equipamentos de última geração analisavam fragmentos quase microscópicos. A tomografia computadorizada, por exemplo, permitiu comparações digitais sem necessidade de manipulação excessiva dos corpos — algo que preserva tanto as evidências quanto a dignidade das vítimas.
Mas nem tudo são máquinas. O olho treinado dos peritos consegue perceber detalhes que escapariam aos scanners mais modernos. Um exemplo? A forma peculiar como certas pessoas usam joias ou acessórios — esses pequenos hábitos pessoais que tornam cada um de nós único.
O lado humano da tragédia
Por trás de cada laudo, há histórias de vida interrompidas. Os peritos sabem disso melhor que ninguém. "Trabalhamos com a máxima urgência, mas sem perder o respeito que essas pessoas merecem", comentou uma das técnicas envolvidas no processo.
E se você está se perguntando como é possível manter a serenidade num trabalho desses, a resposta é simples: não é. Mesmo os mais experientes confessam que certos casos ficam marcados — mas é justamente essa humanidade que os torna tão bons no que fazem.