
O que deveria ser um voo rotineiro terminou em uma das maiores tragédias aéreas dos últimos anos. Segundo relatório final da Agência de Investigação de Acidentes da Coreia do Sul, o piloto de um avião comercial cometeu um erro crucial minutos antes da queda fatal que matou todas as 179 pessoas a bordo.
Detalhes arrepiantes: em vez de desligar o motor com problemas, o comandante - por razões que ainda intrigam os especialistas - cortou o funcionamento justamente da turbina que ainda operava normalmente. "Foi como ver um carro descendo a ladeira com o motorista pisando no acelerador em vez no freio", comparou um investigador que pediu anonimato.
Os minutos decisivos
A sequência de eventos foi tão rápida quanto catastrófica:
- 13h42: Primeiros sinais de falha no motor direito
- 13h44: Piloto comunica torre sobre problemas técnicos
- 13h46: Equipe desativa por engano o motor esquerdo
- 13h48: Perda total de controle da aeronave
O que aconteceu depois foi questão de segundos. Sem potência suficiente, o avião - um Airbus A330 que fazia a rota Seul-Jeju - transformou-se num "projétil de 200 toneladas", nas palavras de testemunhas. O impacto contra uma área residencial foi tão violento que poucos corpos puderam ser identificados visualmente.
Perguntas sem resposta
Apesar do relatório conclusivo, mistérios persistem:
- Por que o sistema de alerta não soou?
- Como o copiloto não percebeu o erro?
- Falha humana ou técnica contribuiu mais?
"Às vezes a tecnologia nos dá falsa segurança", reflete o especialista em aviação Marcos Aurélio Costa, enquanto mexia nervosamente em sua xícara de café. "Um segundo de confusão pode custar centenas de vidas."
Familiares das vítimas receberam a notícia com misto de alívio e revolta. "Saber o que aconteceu não traz meu filho de volta", disse Park Ji-hoon, pai de uma das vítimas, com a voz embargada durante coletiva.
A companhia aérea envolvida já anunciou revisão completa dos protocolos de emergência. Enquanto isso, o setor aviação global se pergunta: será que estamos treinando pilotos para o pior cenário possível? Ou a complexidade dos sistemas modernos ultrapassou nossa capacidade de resposta humana?