
Imagine a cena: você está tranquilamente num avião, olhando pela janela, quando de repente o céu escurece de um jeito que parece filme de terror. Foi mais ou menos isso que aconteceu com os passageiros de um voo que se aproximava de Chapecó, em Santa Catarina, nesta segunda-feira. E olha, não foi pouca coisa.
O padre Vilmar Bortolotto, um dos passageiros, contou depois, ainda meio abalado, que a situação foi das mais tensas que ele já viveu. "Parecia que estavam jogando pedras contra o avião", descreveu. E não era exagero – literalmente estavam. Uma tempestade de granizo daquelas de fazer história atingiu a aeronave em pleno voo.
O Barulho que Gela a Alma
O que mais assustou, segundo os relatos, foi o barulho ensurdecedor. Não dava para ouvir nem a própria voz, lembra o padre. E aí, é claro, o desespero começou a tomar conta de geral. Crianças chorando, pessoas rezando em voz alta – aquele clima pesado que ninguém quer experimentar.
Quando finalmente conseguiram pousar – milagrosamente em segurança, diga-se de passagem – a visão que tiveram explicou todo o susto. O nariz da aeronave estava completamente amassado, cheio de marcas dos impactos. Dá até arrepio de pensar no que poderia ter acontecido se o granizo fosse um pouquinho maior ou se a tempestade durasse mais tempo.
Os Minutos que Pareceram Horas
O curioso é que, pelo que se apurou, a tripulação manteve uma calma impressionante. Enquanto os passageiros entravam em pânico, os comissários e comissárias tentavam acalmar todo mundo, seguindo os protocolos de segurança. Mas convenhamos: nessas horas, é difícil não pensar no pior.
O padre Vilmar, que viajava a trabalho, confessou que chegou a duvidar se chegaria ao destino. "Foram os minutos mais longos da minha vida", admitiu. E não é difícil de entender porquê. Quem já passou por uma turbulência forte sabe como é – agora imagine com pedras de gelo batendo no teto.
Por sorte, ninguém se feriu gravemente. Alguns passageiros ficaram com sequelas emocionais – afinal, não é todo dia que você enfrenta uma situação dessas. Mas o importante é que todos saíram ilesos fisicamente. A empresa aérea já deve ter iniciado aquelas vistorias de praxe, mas o susto, esse vai ficar na memória.
Morador de Chapecó, o padre ainda comentou sobre a frequência com que tempestades assim têm ocorrido na região. "O clima está mesmo mudando", observou, com a autoridade de quem vive no local. E depois de uma experiência dessas, ninguém vai discordar dele.