
Quem diria que um simples movimento errado poderia desencadear uma tragédia sem volta? Em Boituva, cidade conhecida como a "capital do paraquedismo", um relatório do CENIPA acaba de trazer à tona detalhes arrepiantes sobre o acidente que matou três paraquedistas em julho de 2022.
Segundo as investigações — que levaram quase três anos para serem concluídas —, o piloto teria manipulado de forma totalmente inadequada a alavanca de combustível do Cessna 208 Caravan. Um erro básico, quase infantil, que transformou um dia de aventura em pesadelo.
O que exatamente deu errado?
O relatório técnico, denso como costumam ser esses documentos, aponta que:
- A alavanca foi movimentada para a posição de corte de combustível durante o voo (sim, você leu certo)
- Não houve falha mecânica — foi erro humano puro e simples
- Os sistemas de alerta soaram, mas a reação foi tardia demais
Curiosamente, a aeronave tinha acabado de passar por manutenção. Tudo estava em ordem, exceto, aparentemente, o julgamento de quem estava aos comandos.
As consequências
O avião caiu como uma pedra na zona rural de Boituva. Dos sete ocupantes, três paraquedistas não resistiram — profissionais experientes, diga-se de passagem. Os outros quatro sobreviveram, mas com sequelas físicas e psicológicas difíceis de mensurar.
E agora, três anos depois, a comunidade do paraquedismo local ainda se pergunta: como um erro tão básico pôde acontecer? Seria cansaço? Distração? Excesso de confiança? O relatório não entra nesses méritos — limita-se aos fatos técnicos.
Uma coisa é certa: o caso vai virar material de estudo nas escolas de aviação. Afinal, na aviação, até o mais simples dos gestos pode ter consequências catastróficas. Como dizem os veteranos: "Na terra, você tem o luxo de errar. No ar, só tem direito a um erro — o último".