
Eis que o Vale do Paraíba mostra mais uma vez por que é o berço da tecnologia aeroespacial no Brasil. A Akaer, empresa sediada em São José dos Campos — aquela mesma cidade que respira aviação desde os tempos do Marechal Casimiro — acaba de fechar um negócio que vai colocar peças brasileiras em aviões alemães. E não estamos falando de qualquer aeronave.
O contrato? Fabricar partes da fuselagem do D328eco, aquele projeto ambicioso da Deutsche Aircraft que promete revolucionar o mercado regional com sua pegada sustentável. Quem diria que componentes feitos aqui no Brasil estariam voando pelos céus da Europa, não é mesmo?
Detalhes que impressionam
A Akaer vai produzir nada menos que:
- Seções inteiras da fuselagem
- Componentes estruturais críticos
- Partes do sistema de cabines
E olha só o timing perfeito — a produção começa já no segundo semestre de 2025, coincidindo com a fase de testes de voo do avião. A empresa brasileira, que já tem experiência com gigantes como Embraer e Boeing, agora coloca seu know-how a serviço da indústria europeia.
O que isso significa para o Brasil?
Além do óbvio orgulho nacional — porque vamos combinar, ver "made in Brazil" em aeronaves de ponta é sempre emocionante —, o contrato representa:
- Geração de empregos qualificados na região
- Transferência de tecnologia de ponta
- Consolidação do polo aeroespacial brasileiro
"É um reconhecimento da nossa capacidade técnica", diz um engenheiro da Akaer que preferiu não se identificar — porque em São José dos Campos, modéstia ainda é virtude. A empresa, que já tem mais de 30 anos de estrada, parece ter encontrado seu novo "combustível" para crescer ainda mais.
E enquanto os alemães focam em criar um avião mais silencioso e econômico (o D328eco promete reduzir em 50% o consumo de combustível), o Brasil mostra que tem metal — literalmente — para brilhar no cenário internacional. Resta saber: será que um dia embarcaremos num voo comercial com peças que saíram das mãos de nossos técnicos? A resposta, parece, está no horizonte.