
Quem estava vivo em 2000 dificilmente esquece. Aquele 25 de julho entrou pra história como um dos dias mais sombrios da aviação comercial — e agora, um quarto de século depois, os aeroportos administrados pela Motiva decidiram fazer algo diferente.
Não vai ser só mais uma data no calendário. A programação especial — que rola em vários terminais — mistura memória, tecnologia e um tanto de emoção. Até quem não é aviation geek vai sentir o peso do momento.
O que esperar das homenagens?
Primeiro: nada de cerimônia burocrática. A ideia é fazer o público entender o que aquela tragédia significou. Vai ter desde exposição de fotos raras (algumas inéditas!) até simulação de voo com tecnologia que, pasme, nem existia na época do acidente.
- Projeções mapeadas contando a história do Concorde — o orgulho da aviação que virou luto
- Palestras rápidas com especialistas (tem até um sobrevivente de outro voo confirmado!)
- Instalação interativa mostrando como o desastre mudou os protocolos de segurança
E aqui vai um detalhe que pegou até a gente de surpresa: parte da programação foi criada por estudantes de engenharia aeronáutica. "A gente queria o olhar de quem nem tinha nascido quando aconteceu", explicou um dos organizadores, em tom que misturava saudade e esperança.
Por que isso ainda importa?
Pode parecer história antiga, mas foi ali — naquele pedaço de asa encontrado nos arredores de Paris — que a aviação moderna deu uma guinada. Os sistemas atuais de prevenção? Muitos nasceram das lições (duras) daquele dia.
"É como se o Concorde tivesse dado sua última contribuição", reflete um comandante aposentado que preferiu não se identificar. Ele voou aquele modelo por anos e, sabe? Até hoje checa o relógio às 16h44 — horário do acidente.
Quem passar pelos aeroportos no dia 25 vai notar outra coisinha: às 16h44, tudo para. Um minuto de silêncio que, segundo os organizadores, já está causando arrepios só de planejar.