Era pra ser uma tarde de festa, de orgulho cívico, mas o que aconteceu em Itapipoca, no interior do Ceará, foi puro caos. Uma arquibancada improvisada — daquelas de arquibancada tubular, sabe? — simplesmente não aguentou o peso da multidão e desabou. De repente, o grito de 'Independência ou Morte!' foi substituído por gritos de terror.
O vídeo que circula nas redes é de cortar o coração. Dá pra ver a estrutura metálica cedendo, num efeito dominó assustador, e as pessoas caindo junto, umas em cima das outras. Uma bagunça total. Aquele momento de celebração se transformou, num piscar de olhos, numa cena de filme de terror. Quem estava lá descreve como um pesadelo.
O Corpo de Bombeiros confirmou a ocorrência por volta das 17h30. Eles trabalharam num ritmo frenético para socorrer todo mundo. Até onde se sabe, não há mortos — um alívio enorme, considerando a proporção do acidente — mas o número de feridos não é brincadeira. Dezenas de pessoas foram levadas para hospitais da região. Muitas com fraturas, cortes, e claro, o trauma psicológico, que é mais difícil de curar.
E Agora, José?
A pergunta que fica, e que todo mundo está fazendo, é: como uma coisa dessas acontece? Quem foi o responsável por montar essa estrutura? Ela foi vistoriada? A prefeitura local já emitiu uma nota de pesar, mas a população quer mais do que isso. Quer respostas. Isso aqui não foi um 'acidentezinho', foi uma falha colossal de planejamento e segurança.
Eventos públicos, principalmente os grandes, precisam de um protocolo rígido. Não dá pra confiar na sorte. A impressão que fica é que a coisa foi feita nas coxas, e o preço dessa negligência foi pago por famílias inteiras que só queriam comemorar o feriado.
- Fatos Rápidos: O incidente ocorreu durante o desfile cívico;
- Dezenas de pessoas ficaram feridas, algumas em estado grave;
- Equipes de resgate trabalharam no local até o anoitecer;
- A Polícia Civil já abriu um inquérito para apurar as causas do desabamento.
O clima em Itapipoca, que deveria ser de alegria, agora é de luto e revolta. Uma tragédia anunciada? Talvez. Evitável? Com certeza absoluta. Enquanto as investigações correm, o que resta é torcer pela recuperação de todos os feridos e refletir sobre como valorizamos — ou não — a vida pública.
