
Não é exagero dizer que parte de Teresina vive sobre um fio. Um levantamento recente — daqueles que dão arrepios — apontou que mais de 4 mil casas na capital piauiense estão classificadas como "alto risco". E não estamos falando de pequenos problemas estruturais, mas de situações que, em dias de chuva forte, podem virar tragédia anunciada.
Onde o perigo mora (literalmente)
Os técnicos responsáveis pelo mapeamento — gente que conhece cada centímetro da cidade — identificaram três tipos principais de vulnerabilidade:
- Risco geológico: Aquelas casas penduradas em barrancos que parecem desafiar a gravidade
- Risco hidrológico: Moradias que viram "casas-barco" toda vez que o rio resolve visitar
- Risco estrutural: Prédios que mais parecem castelos de cartas — um sopro e... bem, você entendeu
Curiosamente (ou não), as áreas mais críticas coincidem justamente com os bairros onde o poder público parece chegar com menos frequência. Alguém aí se surpreende?
Números que assustam
Quando a gente para pra pensar — 4 mil lares em risco são:
- O equivalente a 10 pequenos bairros
- Quase 20 mil pessoas dormindo com um olho aberto
- Uma bomba-relógio social prestes a explodir
E o pior? Especialistas garantem que o problema vem se agravando ano após ano. "É como tratar câncer com aspirina", comenta um engenheiro civil que prefere não se identificar — afinal, ninguém quer ser o portador de más notícias.
E agora, José?
Enquanto as autoridades discutem planos mirabolantes — aqueles que nunca saem do papel —, os moradores seguem na corda bamba. Alguns, por incrível que pareça, já se acostumaram com a situação. "Aqui quando chove, a gente reza e torce", conta Dona Maria, residente em uma das áreas mapeadas.
O projeto que levantou esses dados alarmantes sugere ações emergenciais, mas — adivinhem? — tudo depende de verbas que nunca chegam no momento certo. Enquanto isso, Teresina continua seu jogo perigoso com a natureza.
Uma coisa é certa: quando (e não "se") algo grave acontecer, todo mundo vai se perguntar como deixamos chegar a esse ponto. Mas aí, como diz o ditado, será tarde demais.