
Imagine sair de casa tranquilo, levar seu filho para a escola e — pum! — se deparar com uma armadilha urbana prestes a desabar. É exatamente o pesadelo que pais e alunos enfrentam diariamente na QNM 14 de Ceilândia, onde um poste corroído pelo tempo ameaça vir abaixo a qualquer momento.
"Parece cena de filme de terror", desabafa Dona Maria, mãe de dois estudantes. "Todo dia passo por ali com o coração na mão — esse troço tá mais fraco que café de hospital."
Situação crítica
O poste — que mais parece um palito de dente depois de anos de abandono — apresenta:
- Ferrugem avançada
- Fissuras profundas
- Base comprometida pela umidade
E o pior? Fica a menos de 5 metros do portão principal da escola. Qualquer vento mais forte, qualquer criança encostando sem querer... você completa o trágico final.
Reclamações no vácuo
Os moradores já perderam as contas de quantas vezes acionaram a administração regional. "É sempre a mesma lenga-lenga", revolta-se o síndico João Batista. "Dizem que vão resolver, mas o poste continua lá, cada dia mais podre."
Enquanto isso, a criançada — que tem mais juízo que muito adulto por aí — criou até uma brincadeira: "Não encosta no vovô poste, senão ele vai dormir pra sempre!". Triste quando o perigo vira piada, não?
O que dizem as autoridades?
Procurada, a Novacap — responsável pela manutenção — jogou a culpa no excesso de burocracia. "Estamos analisando os procedimentos necessários", disse um técnico que preferiu não se identificar. Sabe aquele papo furado de sempre?
Enquanto os trâmites andam na velocidade de uma tartaruga com sono, pais e professores improvisam:
- Rotas alternativas para evitar a área
- Sinalização caseira de perigo
- Vigília constante durante o recreio
"Cansei de ser trouxa", desabafa a professora Ana Lúcia. "Na próxima chuva forte, vou ligar direto pra Defesa Civil. Se não querem agir pelo bom senso, que ajam pelo medo de processo!"