
Foi um daqueles dias que ninguém esquece tão cedo. Por volta das 15h desta quarta-feira (17/07), o céu da Asa Norte — sim, aquele pedaço chique de Brasília — virou palco de um verdadeiro filme de ação. Só que sem atores, só com susto de verdade.
Do nada, três postes de energia simplesmente decidiram virar fogos de artifício. Mas do tipo perigoso, daqueles que fazem até o mais corajoso pular da cadeira. As explosões foram tão fortes que tremeram vidraças a dois quarteirões de distância — e olha que prédio por lá não falta!
O caos na CLN 412
Na CLN 412, especificamente, a cena parecia saída de um apocalipse zumbi (sem os zumbis, graças a Deus). Testemunhas contam que primeiro veio um "estalo seco, igual tiro de canhão", seguido por chamas que subiam fácil uns três metros de altura.
E não pense que foi rápido: o fogo ficou dançando nos postes por quase 20 minutos, tempo suficiente pra:
- Cinco comércios fecharem as portas correndo
- Um motoboy quase bater de frente com um carro ao desviar de fios caídos
- Meia dúzia de idosos precisarem de atendimento por crise de ansiedade
Os bombeiros? Chegaram rápido, mas admitiram: "Nesse calorão, com vento forte, até poste vira palito de fósforo". Não dá pra discordar.
E a CEB?
A Companhia Energética de Brasília soltou aquele comunicado padrão — "apuração em andamento", "equipes no local" — mas todo mundo sabe: quando o assunto é rede elétrica na capital, o buraco é mais embaixo. Literalmente, porque os cabos por lá tão mais pra colcha de retalhos que pra infraestrutura de primeira.
Moradora há 12 anos no local, Dona Marta, 68, resumiu bem: "Todo verão é isso. Chove, estoura. Faz calor, estoura. Fica nublado... adivinha? Estoura também". E não é que ela tem razão?
Enquanto isso, o prejuízo:
- 12 horas sem energia em 5 quadras
- R$ 8 mil em mercadorias perdidas num açougue
- E o pior: zero explicações convincentes
Ah! Quase ia esquecendo: o vídeo que viralizou mostra exatamente o momento do estouro. Parece efeito especial de Hollywood, mas é a nossa (triste) realidade brasiliense.