
Não é exagero dizer que o poste na QNN 12 de Ceilândia parece ter saído de um filme de terror — rachaduras profundas, uma inclinação digna da Torre de Pisa e fios expostos que fazem qualquer um dar um pulo para o lado quando passa por ali. E o pior? Essa cena de suspense já virou rotina há semanas.
"Todo dia é a mesma novela: a gente sai de casa rezando pra não ser o dia em que aquilo despenca", conta Dona Maria, dona de uma birosca ali perto, enquanto aponta para a estrutura que mais parece um dominó prestes a cair. E ela não é a única preocupada — a fila de reclamações no administrativo regional já daria um livro.
O que dizem os técnicos?
Quando a reportagem foi atrás de respostas, a Novacap — aquela turma responsável por essas coisas — soltou aquele papo de sempre: "vistoria marcada". Só que, entre você e eu, morador não vive de promessa. Até porque, segundo um eletricista que preferiu não se identificar, "se cair em dia de chuva, vira um banho mortal".
- Risco elétrico: Fios descascados expostos à altura de crianças
- Estrutural: Base cimentada rachada em três pontos críticos
- Urgência: Inclinação aumentou 15% nos últimos 10 dias
E olha que a ironia não para por aí. Exatamente nessa quadra tem uma escola municipal — sim, aquela com recreio barulhento às 10h — onde os pais já começaram uma vaquinha para comprar cones de sinalização. "Prefiro gastar do que chorar depois", filosofa um pai de dois, enquanto observa a cena.
E agora?
Enquanto o poder público decide se isso é prioridade ou não, os moradores seguem naquele dilema: denunciar pela centésima vez ou começar a gravar vídeos pro TikTok na esperança de viralizar e resolver o problema? Brincadeiras à parte, o caso já deveria ter virado emergência — mas parece que certas urgências têm preferência por andar de tartaruga.