Porto Alegre intensifica guerra contra ladrões de cabos: prejuízos milionários e apagões na mira
Porto Alegre contra roubo de cabos: prejuízos milionários

Era mais uma madrugada qualquer em Porto Alegre quando, de repente, um bairro inteiro mergulhou na escuridão. Não foi falta de pagamento na conta de luz, muito menos um blecaute generalizado. O culpado? Ladrões de cabos que, como sombras, agem sob o manto da noite deixando rastros de prejuízo e caos.

A prefeitura, de pés juntos, decidiu dar um basta nessa farra. Desde o início do ano, os números são assustadores: mais de 1.200 ocorrências registradas só na capital gaúcha. Isso sem contar os casos que nem chegam ao conhecimento das autoridades.

Operação Cerco aos "Caçadores de Cobre"

Quem pensa que se trata de um crime sem importância precisa rever seus conceitos. Sabe aquele seu despertador que não tocou porque o celular não carregou? Ou o semáforo que apagou no cruzamento mais movimentado da cidade? Tudo obra desses malfeitores.

As novas estratégias incluem:

  • Patrulhas ostensivas em áreas críticas (e olha que a lista não é pequena)
  • Parceria inédita com cooperativas de reciclagem - afinal, para onde será que vai tanto metal?
  • Inteligência artificial mapeando padrões de ocorrências
  • Campanhas de conscientização que beiram o desespero: "Não compre cabos sem procedência!"

Não é exagero dizer que estamos falando de uma guerra urbana. Só no primeiro semestre, os prejuízos superaram os R$ 3 milhões - dinheiro que poderia estar sendo usado em escolas ou postos de saúde, diga-se de passagem.

O lado humano do problema

Enquanto isso, moradores relatam situações dignas de filme de terror. "Acordei com um barulho estranho e quando olhei pela janela, vi três homens serrando os cabos como se estivessem cortando árvores", conta um aposentado do bairro Sarandi, ainda visivelmente abalado.

E os criminosos? Cada vez mais ousados. Já foram flagrados usando uniformes falsos de companhias de energia, um golpe tão antigo quanto eficaz. "Parece roteiro de novela, mas é a nossa realidade", desabafa uma agente da Guarda Municipal.

Para completar o cenário caótico, os hospitais da região já registraram vários acidentes envolvendo os próprios ladrões - choques elétricos que, em alguns casos, terminaram em tragédia. Uma ironia cruel, não?

E agora, o que esperar?

As autoridades prometem medidas ainda mais duras nos próximos meses, incluindo a possibilidade de monitoramento por drones. Enquanto isso, a população fica naquele limbo: entre a esperança de ver o problema resolvido e o ceticismo de quem já viu muitas promessas não saírem do papel.

Uma coisa é certa: nessa história, só há perdedores. De um lado, os cofres públicos sangrando. Do outro, cidadãos comuns pagando o pato por algo que nem cometeram. E no meio? Uma rede criminosa que parece se alimentar do caos.