Imagine a cena: um dos nomes mais respeitados do Judiciário brasileiro, encurralado entre quatro paredes de aço. Foi exatamente o que aconteceu com o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, nesta segunda-feira (21), em Fortaleza.
Durante um evento jurídico na capital cearense — aqueles com direito a palestras pomposas e cafezinhos requentados — o elevador resolveu dar uma de protagonista. E não foi do bom tipo. Travou no meio do caminho, levando Barroso e mais algumas pessoas para um imprevisto meia-hora de suspense digno de filme B.
O que diabos aconteceu?
Por volta das 10h da manhã, o ministro seguia para um debate no hotel onde ocorria o evento. Eis que, entre um andar e outro, o equipamento simplesmente... travou. Sem aviso, sem dramaticidade, só o silêncio constrangedor de um mecanismo que decidiu fazer greve.
Testemunhas contam que:
- O botão de emergência foi acionado (óbvio)
- Seguranças correram feito baratas tontas (como sempre)
- Alguém sugeriu chamar os bombeiros, mas preferiram tentar a sorte com o técnico do prédio primeiro
Trinta minutos depois — tempo suficiente para esgotar todos os assuntos possíveis com estranhos num espaço claustrofóbico — o elevador voltou a funcionar. Sem danos, sem sustos maiores, só aquele clima de "vamos fingir que nada aconteceu?".
E o ministro? Como ficou?
Barroso, sempre o diplomata, saiu da situação com a elegância de quem está acostumado a desarmar bombas no plenário. "Foi um pequeno contratempo", comentou depois, como se ficar preso num cubículo metálico fosse equivalente a pegar fila no banco.
O evento seguiu normalmente — porque no Brasil, até os imprevistos viram rodapé. O ministro participou das discussões como planejado, provando que nem um elevador capenga tira o homem de seu destino: falar sobre leis para uma plateia de ternos caros.
Moral da história? Até os togados estão sujeitos aos caprichos da engenharia brasileira. E Fortaleza, mais uma vez, mostrou que sabe receber seus ilustres visitantes... com histórias para contar.
