Menino sobrevivente de incêndio causado pela irmã respira sem ajuda de aparelhos no litoral de SP
Menino sobrevive a incêndio causado pela irmã em Santos

Imagine acordar com o cheiro de fumaça e perceber que sua casa está em chamas. Foi exatamente o que aconteceu com um garotinho de apenas 5 anos em Santos, litoral de São Paulo. Contra todas as expectativas, ele conseguiu sobreviver — e agora respira sozinho, sem a ajuda de aparelhos.

O incêndio, que começou por volta das 3h da madrugada, foi provocado — pasme — pela própria irmã do menino, uma adolescente de 14 anos. Detalhe macabro: ela usou um isqueiro para atear fogo no sofá da sala. O motivo? Ainda não está claro, mas a polícia trabalha com a hipótese de conflitos familiares.

O milagre da sobrevivência

O menino foi resgatado pelos bombeiros em estado grave, com queimaduras de segundo grau e intoxicação por fumaça. Os médicos do Hospital Municipal de Santos não escondiam a preocupação: "A situação era crítica", admitiu um dos enfermeiros, que preferiu não se identificar.

Mas crianças, como sabemos, têm uma resistência que às vezes desafia a lógica. Depois de 72 horas de angústia, a notícia que todos esperavam: o pequeno paciente começou a responder melhor ao tratamento. E ontem, o marco tão esperado — a retirada dos aparelhos que o ajudavam a respirar.

O que acontece agora?

A irmã adolescente está sob custódia da Vara da Infância e Juventude. Especialistas em psicologia forense avaliam seu estado mental — afinal, que tipo de tormento levaria uma garota a colocar em risco a vida do próprio irmão?

Enquanto isso, o menino continua internado, mas já consegue falar com os pais e até brincar com os brinquedos que os enfermeiros levaram. "Ele pergunta pela irmã", conta a mãe, entre lágrimas. "Como explicar isso a uma criança?"

O caso reacendeu o debate sobre:

  • Fiscalização de produtos inflamáveis
  • Saúde mental adolescente
  • Protocolos de emergência em prédios residenciais

Moradores do condomínio relataram que os alarmes de incêndio não dispararam imediatamente. "Se não fosse o cachorro da vizinha latindo, ninguém teria percebido a tempo", revelou uma testemunha.