
Imagine o luto de uma família, a dor da perda — e então, a violação brutal da intimidade. Pois é exatamente isso que aconteceu em Mato Grosso do Sul, num caso que chocou o estado e agora chega à Justiça.
Um hospital — que deveria ser local de cuidado e respeito — e seus profissionais transformaram-se em agentes de humilhação. Fotografias do corpo de um paciente falecido circularam como se fossem conteúdo banal. Repugnante, não?
Os detalhes que indignam
As imagens, que mostravam o paciente já sem vida, foram parar em grupos de WhatsApp. Sim, no mesmo aplicativo onde trocamos memes e receitas de bolo. A falta de empatia beira o inacreditável.
A sentença saiu: o hospital foi condenado a pagar R$ 30 mil por danos morais. Cada um dos três profissionais envolvidos — dois técnicos de enfermagem e um atendente — terá de desembolsar R$ 5 mil. Valores simbólicos perante a dor, mas um recado claro.
E agora, o que muda?
Além da indenização, a Justiça determinou que o hospital implemente treinamentos obrigatórios em ética e proteção de dados. Algo que, diga-se de passagem, já deveria ser rotina — mas parece que precisou de um triste episódio para virar prioridade.
O caso serve de alerta. Num mundo onde tudo vira foto, até a morte precisa de dignidade. E quem descumpre, paga.