
Era pra ser mais um domingo qualquer, tranquilo, no Setor Santos Dumont. Mas o que começou como um dia de brincadeiras terminou em luto. Por volta das 16h, um menino de apenas 11 anos — que, imagino, devia estar correndo, pulando, vivendo a infância — encostou num poste de energia. Só que não era um poste qualquer. Tinha um fio partido, exposto, uma armadilha silenciosa esperando por alguém.
O choque foi violento. Daqueles que não dão chance. Quem viu, deve ter ficado paralisado de horror. E aí, sabe como às vezes o destino prega peças? Um bombeiro militar, justamente um, estava de folga e passava pelo local. Não era seu dia de trabalho, mas o instinto falou mais alto. Imediatamente, começou os primeiros socorros. Tentou de tudo, acredito. Mas não deu.
O Corpo de Bombeiros confirmou a morte ainda no local. O menino não resistiu. Que cena devastadora para a família, para os amigos, para esse bombeiro que fez o possível — e ainda assim não foi suficiente. Às vezes, a vida é assim: cruel e impiedosa.
Um alerta que vem tarde demais
E agora? Quem responde por isso? A Enel, concessionária de energia, diz que não foi acionada sobre nenhum problema na rede elétrica da região. Mas será que a gente precisa esperar uma tragédia dessas para checar os fios, os postes, as estruturas que ficam ali, dia e noite, ao alcance de qualquer um?
Pensando bem, quantas vezes a gente passa por postes com fios descascados, caídos, e nem sequer liga? Até que algo assim acontece. E aí a gente se pergunta: poderia ter sido evitado? Quase sempre, a resposta é sim.
O que dizem as autoridades
A Polícia Civil já abriu inquérito para investigar as causas do acidente. Vão apurar se houve negligência, se a manutenção estava em dia — ou se foi mais um daqueles eventos trágicos e inexplicáveis que acontecem quando menos esperamos.
Enquanto isso, a família do menino chora uma perda irreparável. E um bombeiro, de folga, leva para casa a imagem de uma batalha perdida. Às vezes, heróis não conseguem salvar a todos. Mas tentam. E isso, por si só, já é digno de respeito.