
Quem diria, hein? Dois longos anos se passaram desde aquele dia que deixou a cidade de Joinville de coração na mão. E agora, eis que a Justiça chega a uma decisão que, com certeza, vai dar o que falar.
Três réus, todos absolvidos. Sim, você leu certo. O desabamento daquela calçada – aquele que parecia um filme de terror – culminou num veredito de... nada. Nenhuma condenação. A 2ª Vara Criminal da comarca simplesmente arquivou o processo, limpando o nome de todo mundo envolvido.
O juiz, hein, foi categórico. Na sua visão, não deu pra cravar, sem sombra de dúvida, que aqueles três caras agiram com dolo – quer dizer, com a intenção maldosa de ver a coisa ruim acontecer. Ou mesmo que foram negligentes de um jeito tão grosseiro que beirou o criminoso. A acusação, que tentou enquadrar todo mundo por homicídio culposo (aquele sem intenção de matar), simplesmente não colou.
O que a Defesa Argumentou?
Os advogados de defesa, claro, saíram comemorando. Eles não só pediram a absolvição como jogaram pesado: queriam a anulação total do processo, alegando umas vícios formais lá. No final das contas, o juiz deu ganho de causa no principal – a tal da absolvição – e dispensou a análise dos outros pontos. Pronto, caso encerrado.
É aquela velha história: a Justiça tem que ser técnica, mas também é humana. E neste caso, pesou a falta daquela prova cabal, irrefutável, que ligasse os pontos entre a ação (ou a falta de ação) deles e o desastre trágico. Faltou o elo. Faltou a certeza.
Joinville segue em frente, mas a lembrança daquele dia certamente não vai embora tão cedo para muitas famílias. E a decisão judicial, sem dúvida, vai ecoar pela cidade, dividindo opiniões na padaria, no boteco, nas redes sociais. Afinal, justiça foi feita? A resposta, como quase tudo na vida, depende muito de quem você pergunta.