
Não foi uma madrugada tranquila para os moradores de duas comunidades na zona leste de São Paulo. Por volta das 3h da manhã desta terça-feira (29), as chamas começaram a se espalhar como rastilho de pólvora — primeiro num galpão abandonado, depois em casebres próximos. O cheiro de queimado tomou conta do ar antes mesmo de alguém gritar "fogo!".
Os bombeiros, diga-se, chegaram rápido — coisa rara numa cidade que vive no ritmo do "quase não deu tempo". Mas o estrago, ah, o estrago já estava feito. Pelo menos cinco famílias perderam tudo. "Acordei com o calor no rosto", contou Dona Maria, de 62 anos, ainda tremendo. "Pensei que fosse pesadelo, mas era a parede do vizinho em chamas."
O que se sabe até agora
- Primeiro foco: Galpão abandonado na Vila Prudente — suspeita de curto-circuito
- Segundo foco: Casas na comunidade Jardim Colorado — causa ainda indeterminada
- Não há registros de feridos graves (graças a Deus!)
Curioso — ou seria preocupante? — como esses incidentes acontecem justo quando o termômetro despenca na cidade. Será coincidência ou descaso com as instalações elétricas precárias? Pergunto eu, você pergunta, todo mundo pergunta... mas as respostas, essas demoram mais que o socorro.
Enquanto isso, a Defesa Civil faz o que pode — que não é muito, convenhamos — distribuindo colchões e cestas básicas. "Ajuda é sempre bem-vinda", diz um voluntário, suando a camisa. "Mas o que essas pessoas precisam mesmo é de prevenção." Palavras sábias num país que só age depois da tragédia.