Era pra ser uma noite como qualquer outra na Rua dos Jacarandás, no bairro Jardim São João. Mas o fogo — ah, o fogo não avisa quando chega. Por volta das 23h dessa sexta-feira, as chamas tomaram conta de uma residência simples e, em questão de minutos, transformaram tudo em cinzas e luto.
Três vidas se foram. Três. Uma criança de apenas 5 anos e dois adolescentes, de 11 e 16. Nomes? A políreia ainda segura os detalhes, mas sabe-se que são dois meninos e uma menina. Parentes e vizinhos estavam lá, do lado de fora, assistindo — impotentes — ao pior acontecer.
Os bombeiros de Campinas foram acionados na madrugada. Chegaram rápido, até. Mas rápido às vezes não é o suficiente quando o destino já fez sua escolha. O fogo já estava alto, consumindo paredes, memórias, futuros. Eles lutaram contra as chamas, sim. Mas quando finalmente conseguiram entrar… era tarde.
“Era Tudo Muito Rápido”, Diz Vizinho
Um morador da rua, que preferiu não se identificar, contou que tudo começou de repente. “Ouvi uns estalos, pensei que fosse briga de cachorro. Quando olhei, já estava tudo alaranjado. A casa vizinha era um inferno.”
Outra testemunha, emocionada, lembrou que a família gritava por ajuda. “Corri com um balde, mas era inútil. O calor era tanto que não dava pra chegar perto.”
Não Houve Tempo para Nada
A estrutura da casa era simples — madeira, telhas, um lugar construído com esforço. Esse tipo de construção pega fogo que é uma beleza. E espalha rápido. Tão rápido que não deu tempo de salvar ninguém de dentro.
Os corpos foram encontrados nos escombros. Carbonizados. A cena era de cortar o coração — e até os bombeiros, acostumados com tragédias, pareciam abalados.
O que teria causado o incêndio? Ainda é cedo para dizer. Os peritos criminais já estão no local, vasculhando cada centímetro queimado. Pode ter sido um curto-circuito. Uma vela esquecida. Um botijão de gás. Ou algo pior.
Agora, o Que Resta é o Luto
Enquanto a perícia trabalha, a família tenta entender o inexplicável. parentes chegaram ao local ainda durante a madrugada. Choravam. Gritavam. Perguntavam por que justo ali, por que justo eles.
A prefeitura municipal de Pedreira já se manifestou. Em nota, disse que está prestando todo o apoio necessário à família — seja com assistência social, seja com o que for preciso. Mas como consolar uma perda dessas?
O caso agora é também investigado pela Delegacia de Homicídios de Mogi Mirim. Sim, homicídios. Porque mesmo que acidental, três mortes viraram caso de polícia. Vão apurar tudo — cada fio, cada possibilidade.
E a cidade, hoje, amanheceu mais triste. Pedreira é daquelas onde todo mundo se conhece. Uma tragédia assim mexe com todo mundo. Nas redes sociais, já começam a aparecer mensagens de solidariedade. Velas simbólicas. Frases de “que Deus conforte”.
Mas a pergunta que fica é: dá pra confortar uma dor dessas?
