Fogo em fábricas da Zona Leste de Manaus desafia chuva e continua ativo — veja imagens chocantes
Incêndio em Manaus persiste mesmo com chuva intensa

Era pra ser só mais uma tarde chuvosa em Manaus, mas o cheiro de queimado cortou o ar úmido como um aviso. O fogo, teimoso como capim seco em agosto, devorava três galpões na Zona Leste como se a chuva torrencial fosse brincadeira de criança.

Os bombeiros — esses heróis de botas encharcadas — já trabalhavam há horas quando nossa equipe chegou. "Nunca vi coisa igual", confessou um veterano com 15 anos de serviço, enquanto ajustava o capacete. A água das mangueiras se misturava à chuva, criando riachos negros de fuligem que escorriam pela rua.

O que sabemos até agora:

  • O incêndio começou por volta das 14h em um complexo de armazenamento de produtos químicos (sim, aqueles que fazem as chamas dançarem em cores estranhas)
  • Pelo menos 12 viaturas dos bombeiros estavam no local — algumas chegando de outros bairros como Cidade Nova e São José
  • A Defesa Civil emitiu alerta para moradores próximos fecharem janelas por conta da fumaça tóxica

Curiosamente — ou assustadoramente —, a chuva que normalmente seria aliada no combate ao fogo, nesta quarta-feira parecia mais um espectador impotente. As labaredas chegavam a 10 metros de altura, segundo testemunhas, iluminando o céu nublado com um brilho sinistro.

E os prejuízos?

Bem, aí a conta é salgada. Além dos galpões destruídos (que abrigavam desde eletrônicos até matérias-primas industriais), o trânsito na Avenida Torquato Tapajós virou um caos. Ônibus precisaram mudar rotas, e aquela velha discussão sobre a falta de hidrantes na região voltou à tona com força total.

Enquanto isso, nas redes sociais, vídeos caseiros mostravam cenas dignas de filme apocalíptico — fumaça densa cobrindo quarteirões inteiros, com o som de sirenes criando uma trilha sonora de emergência. "Parece que o inferno resolveu dar as caras por aqui", comentou um morador do Parque São Pedro, a 2km do local.

Às 19h, com a luz do dia já se esvaindo, o cenário era quase surreal: bombeiros exaustos, equipamentos espalhados, e aquela chuva insistente que teimava em não apagar o que realmente precisava. A pergunta que ficou no ar, literalmente: quando essa noite de pesadelo vai acabar?