
A conta da tragédia, infelizmente, ficou ainda mais pesada. E pensar que tudo começou naquela sexta-feira, 19 de setembro, num lugar que deveria ser de cuidado... Uma clínica de recuperação, mas que funcionava de forma completamente irregular no Setor de Indústrias do Gama, no Distrito Federal.
O Corpo de Bombeiros confirmou agora: são seis mortos. Seis vidas perdidas de uma vez só. A sexta vítima, um homem de 46 anos, não resistiu aos ferimentos graves e morreu no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) neste domingo, 21. A informação veio diretamente da família, que está vivendo um luto impossível de imaginar.
O que se sabe sobre o incêndio?
O fogo começou por volta das 17h30 de sexta. Uma ligação de emergência, daquelas que deixam qualquer um em estado de choque, acionou os bombeiros. Quando as equipes chegaram ao endereço na QI 13 do Setor de Indústrias, o cenário era de puro caos. As chamas já haviam consumido boa parte do imóvel, que abrigava a tal clínica.
Conseguiram resgatar nove pessoas com vida, mas outras cinco já estavam mortas no local. Agora, com essa sexta morte, a dimensão da tragédia fica ainda mais clara – e mais dolorosa.
E a tal clínica irregular?
Aqui é que a coisa fica ainda mais revoltante. A tal clínica, chamada de "Lar Semeando o Amor", não tinha nenhuma autorização para funcionar. Nada! A Secretaria de Saúde do DF já veio a público dizer que o lugar não estava cadastrado como estabelecimento de saúde. Ou seja, operava na ilegalidade total.
Os bombeiros também confirmaram que não havia nenhum alvará de vistoria no local. Nem alvará, nem autorização... um completo desrespeito com a vida das pessoas que estavam lá internadas. É de cair o queixo, não é?
E agora, o que acontece?
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar as causas do incêndio e, principalmente, as responsabilidades por essa tragédia anunciada. As perícias no local já foram feitas, mas os resultados ainda devem demorar um pouco.
Enquanto isso, as famílias choram suas perdas. Uma delas, em especial, agora soma a dor da sexta vítima. Uma história que, com certeza, vai deixar marcas profundas na comunidade do Gama e em todo o Distrito Federal.
Uma coisa é certa: casos como esse levantam discussões importantes sobre a fiscalização desses estabelecimentos. Quantos outros "Lares" irregulares existem por aí, colocando vidas em risco? É uma pergunta que, infelizmente, veio tarde demais para essas seis pessoas.