
As chamas tomaram conta de tudo, transformando anos de trabalho em cinzas em questão de minutos. Na noite desta sexta-feira, 13, um incêndio de origem ainda desconhecida — suspeita-se de um curto-circuito, mas a investigação vai apurar — destruiu completamente um galpão de reciclagem no bairro Jardim Áurea, na Zona Leste de Varginha.
Pelas redes sociais, a Defesa Civil municipal não poupou adjetivos: "destruição total". O estrago, de fato, foi colossal. A estrutura metálica do barracão simplesmente entortou e cedeu diante do intenso calor, algo que os bombeiros, francos, disseram ser muito difícil de conter.
Uma Corrida Contra o Fogo (e o Vento)
Os primeiros chamados para o Corpo de Bombeiros começaram a chegar por volta das 21h. Quando as equipes finalmente chegaram ao local, a situação já era crítica, pra não dizer desesperadora. O fogo, alimentado por uma enorme quantidade de material inflamável — plástico, papelão, tudo que você imagina num lugar daquele — se alastrava rápido demais.
E pra piorar? O vento. Soprava forte, carregando faíscas e ameaçando espalhar o desastre para áreas vizinhas. Foi um verdadeiro pesadelo. Os bombeiros, heróis anônimos como sempre, trabalharam por horas a fio para impedir o pior. Usaram dois caminhões-pipa e lançaram jatos d'água intensos, numa batalha dura e desigual contra as labaredas.
Conseguiram, ao menos, isolar o fogo e evitar uma tragédia maior. Mas o galpão... bem, o galpão não resistiu.
O Que Sobrou? Quase Nada.
O prejuízo é, para ser sincero, incalculável. Não só pela perda do imóvel e de todo o maquinário — que deve custar uma pequena fortuna — mas pelo impacto ambiental e social. Um galpão de reciclagem é um elo vital na cadeia de sustentabilidade de uma cidade. A quantidade de material que deixará de ser processada é enorme.
E o pior: a dona do estabelecimento, uma mulher que investiu tudo ali, segundo relatos de moradores, estava arrasada. Quem não ficaria? Ver um negócio de anos virar fumaça em uma noite é de cortar o coração. A sorte, se é que podemos chamar assim, é que ninguém se machucou. Trabalhadores não estavam no local no momento do incidente.
Agora, o que vem pela frente? A perícia. Uma equipe do Instituto Criminalístico (IC) esteve no local na manhã de sábado, 14, para tentar desvendar a causa do incêndio. Eles vão catar as poucas evidências que restaram no meio dos escombros ainda fumegantes.
Enquanto isso, a proprietária e a comunidade tentam entender como seguir em frente depois de um baque desses. A solidariedade, como sempre acontece nessas horas, já começou a aparecer. Mas a reconstrução promete ser longa e dolorosa.