
Era por volta das 19h30 dessa quarta-feira (3) quando o céu de Marabá começou a iluminar de uma forma sinistra — e não eram estrelas. Um fogo bravo, daqueles que parecem ter vida própria, engolia rapidamente uma marcenaria inteira no bairro Liberdade. A fumaça, densa e escura, subia como um aviso sombrio e podia ser vista de vários pontos da cidade.
Parece que o fogo começou lá dentro, entre máquinas, tábuas de madeira e produtos inflamáveis. Uma combinação perigosa, daquelas que qualquer faísca vira tragédia. E virou. Em poucos minutos — testemunhas disseram que foi tudo muito rápido — o lugar estava tomado pelas chamas.
Os bombeiros chegaram correndo, mais de um caminhão, e enfrentaram uma batalha de verdade. A madeira estalava, o calor era intenso e a água parecia evaporar antes mesmo de tocar o fogo. Trabalharam por horas, suando a camisa, até domar o último foco. Por volta das 22h, finalmente, conseguiram dar o incêndio como controlado. Ufa.
E o prejuízo? Ah, meu amigo… É daqueles que dói no bolso e na alma. A marcenaria praticamente virou cinzas. Máquinas, móveis prontos, matéria-prima, projetos pela metade — tudo perdido. O dono do estabelecimento, ainda abalado, não quis falar com a imprensa. Quem vai ter coragem?
O alívio, se é que podemos chamar assim, é que ninguém se machucou. Funcionários já tinham ido embora, e ninguém estava dentro quando o inferno começou. Agora, o que resta é apurar a causa. Os peritos já foram acionados para tentar descobrir o que exatamente deu início a essa destruição toda.
Enquanto isso, Marabá fica com mais uma história triste para contar — mais um negócio que virou fumaça e deixou para trás apenas o cheiro de madeira queimada e a certeza de que, às vezes, basta um instante para tudo virar pó.