O céu da zona leste de Bauru não estava estrelado na noite desta quarta-feira (4). Estava alaranjado, quente e cheio de fumaça. Um espetáculo assustador que ninguém pediu para ver. Por volta das 21h, as chamas simplesmente tomaram conta de uma fábrica de bordados na Rua dos Andradas, e a coisa ficou feia rápido.
Parece que o fogo começou num dos depósitos de tecido – aquele material que, convenhamos, pega fogo que é uma beleza. Mas ninguém sabe ao certo o que deu a faísca inicial. Aviso aos curiosos: a via teve que ser interditada. A fumaça era densa, escura, daquelas que você não quer nem chegar perto.
Uma Corrida Contra o Relógio (e Contra o Fogo)
Os bombeiros chegaram lá por volta das 21h20, e imagino a cena: aquele calor intenso batendo no rosto, o estralar do fogo, a pressão para evitar que o estrago fosse ainda maior. Quatro viaturas, gente correndo, mangueiras sendo desenroladas… uma operação de guerra contra um inimigo sem rosto.
Eles usaram o que tinham à disposição: o famoso «combate direto» com jatos d'água. A estratégia era isolar o talão, impedir que as chamas pulassem para outras partes da fábrica ou, pior, para os vizinhos. Felizmente, até onde se sabe, conseguiram. Mas foi trabalho duro, hein? Só conseguiram dar o incêndio como controlado lá para a madrugada.
E Agora, José?
A grande pergunta que fica, além da causa, é o que acontece com o negócio. Uma fábrica de bordados é o sustento de muita gente. São máquinas, matéria-prima, anos de trabalho indo literalmente fumaça abaixo. O prejuízo, ainda preliminar, deve ser astronômico.
E as pessoas? Até o momento, a notícia é boa: não há registros de vítimas ou feridos. Algo pelo que respirar aliviado – com um filtro, porque o ar por ali deve estar pesadíssimo.
Os peritos do Corpo de Bombeiros já devem estar no local, fuçando os escombros carbonizados em busca de pistas. Só eles para dizerem com certeza o que realmente ateou fogo no patrimônio de alguém. Aguardemos.
