
Não deu tempo de chamar socorro. Por volta das 9h da manhã, uma senhora de 70 anos — que aguardava o ônibus no movimentado Terminal da Praia Grande — caiu no chão, vítima de um mal súbito. Testemunhas contam que ela segurava uma sacola de compras e, de repente, levou a mão ao peito. "Ela nem gritou, só ficou com os olhos arregalados", relata uma vendedora ambulante que tentou ajudar.
O que aconteceu depois foi um corre-corre desesperado. Alguns passageiros chamaram os seguranças, outros ligaram para o SAMU. Mas quando a equipe médica chegou, minutos depois, já era tarde demais. A idosa não resistiu — segundo informações preliminares, possivelmente um infarto fulminante.
Cena de caos e solidariedade
No meio da confusão, um detalhe chamou atenção: um motoboy que estava passando pelo local parou e improvisou massagem cardíaca. "Ele disse que tinha feito curso de primeiros socorros, mas a senhora já não respondia", lamenta uma estudante que presenciou tudo.
O terminal, que normalmente é barulhento com o vai e vem de passageiros, ficou em silêncio por alguns minutos. Até a polícia chegar e isolar o local. Ninguém sabia o nome da vítima — ela não portava documentos. Só depois que a família foi localizada, horas mais tarde, que se soube tratar de Maria do Carmo, aposentada, moradora do bairro João Paulo.
E agora?
Casos como esse levantam discussões importantes:
- Falta de desfibriladores em locais públicos
- Demora no atendimento de emergência
- Preparação de funcionários para situações críticas
Enquanto isso, no Terminal da Praia Grande, a vida seguiu. Ônibus chegaram e partiram, como se nada tivesse acontecido. Mas para quem viu de perto, a cena vai ficar na memória. "A gente nunca espera que vai ser o último dia da nossa vida num terminal de ônibus, né?", reflete um taxista que trabalha no local.