Tragédia com Pipas em Itajaí: Criança Tem 70% do Corpo Queimado e Alerta para Perigo Eletrico
Criança queimada em acidente com pipa em Itajaí

O que começa como pura diversão, um simples empinar de pipa num fim de tarde, pode virar o pior pesadelo de uma família em questão de segundos. Foi exatamente isso o que aconteceu em Itajaí, onde o grito de alegria de uma criança se transformou num grito de dor que ecoa como um alerta para toda a cidade.

Uma brincadeira tradicional, dessas que a gente sempre viu por gerações, mostrou sua face mais cruel e perigosa. A vítima, um menino, sofreu queimaduras catastróficas—algo em torno de 70% do corpo—após sua pipa entrar em contato com a rede elétrica. A imagem é de cortar o coração: aquele mesmo fio que leva energia para as casas se tornou um instrumento de tragédia.

A situação, segundo relatos, foi de puro caos. Familiares e vizinhos, em desespero, tentaram prestar os primeiros socorros enquanto aguardavam o resgate. O corpo do menino, infelizmente, tornou-se um retrato cru do perigo que todos nós, de certa forma, subestimamos no dia a dia.

Não é o primeiro caso, mas precisa ser o último

O pior de tudo? Todo mundo sabe que isso pode acontecer. Todo ano, principalmente nas férias escolares, histórias similares aparecem nos noticiários. E ainda assim, a gente sempre acha que é com o outro, que não vai ser na nossa rua, com o nosso filho. Mas a eletricidade não escolhe.

Especialistas já cansaram de alertar: soltar pipa perde toda a sua graça quando feita perto de:

  • Redes de alta tensão – óbvio, mas sempre ignorado;
  • Vias movimentadas – o risco de acidente de trânsito é real;
  • Telhados e lajes – quedas são frequentes e fatais.

E tem mais: o cerol, aquela mistura de vidro com cola que alguns ainda insistem em usar, é uma verdadeira lâmina. Já causou mortes por cortes profundos em motociclistas e até em pedestres.

E agora? Como prevenir?

A conscientização é a única saída. Conversar com as crianças, escolher locais abertos—longe, mas muito longe mesmo dos fios—e supervisionar a atividade são passos básicos que evitam desfechos trágicos.

Em Itajaí, a comoção foi grande. A história desse menino correu as redes sociais e levantou uma discussão necessária sobre responsabilidade e segurança. Porque no fim das contas, pipa tem que ser sinônimo de alegria, não de trauma.

Que esse caso sirva, de uma vez por todas, como um ponto de virada. Para que outras crianças não precisem pagar com a própria pele—literalmente—por um momento de distração.