
Imagine apertar o botão do elevador e, de repente, sua rotina se transformar num pesadelo. Pois é exatamente isso que aconteceu com 69 pessoas só neste ano em Minas Gerais — e Belo Horizonte decidiu que chega de esperar tragédias para agir.
A Câmara Municipal da capital mineira está com água até o pescoço. Na verdade, todos estamos. Na última terça-feira (20), os vereadores abriram um debate urgente sobre a necessidade premente de atualizar a lei que regula os elevadores da cidade. A que está em vigor? Parece peça de museu — datada de 2003, gente!
E olha que os números são assustadores. Dá até frio na espinha. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram 69 ocorrências envolvendo elevadores em todo o estado até agosto. Sete dessas com vítimas. SETE. Poderiam ser seus avós, seus filhos, você.
O Que Está Sendo Proposto?
O vereador Bruno Miranda (PDT), que propôs a discussão, não está brincando em serviço. A ideia é modernizar a legislação para incluir:
- Inspeções técnicas muito mais rigorosas e frequentes
- Prazos curtíssimos para conserto quando houver qualquer irregularidade
- Multas pesadíssimas para os condomínios que negligenciarem a manutenção
- Um sistema de fiscalização que funcione de verdade, não só no papel
Não é só burocracia, como alguns podem pensar. É sobre evitar que pessoas fiquem presas por horas, sofram quedas brutais ou, na pior das hipóteses, percam a vida dentro de uma caixa de metal que deveria ser sinônimo de praticidade, não de perigo.
E Os Condomínios?
Aqui entra um ponto espinhoso. Muitos síndicos reclamam dos custos. Manutenção preventiva não é barata, é verdade. Mas será que o preço de uma vida — ou de uma sequela permanente — é mais barato? A conta não fecha, meus amigos.
O debate na Câmara foi acalorado, cheio de idas e vindas. Uns defendem que a lei seja estadual, para proteger todo mundo em Minas. Outros acham que BH deve dar o exemplo e servir de modelo. No fim, o importante é sair do zero. Algo precisa ser feito, e rápido.
Enquanto isso, a dica é ficar de olho aberto. Conhece aquele barulho estranho no elevador do seu prédio? A porta que não fecha direito? Não ignore. Cobrar do síndico não é chatice — é exercer cidadania e cuidar da própria pele.
O que vem pela frente? A expectativa é que um projeto de lei concreto seja apresentado nas próximas semanas. A sociedade precisa acompanhar, pressionar. Porque segurança, definitivamente, não é um luxo. É um direito básico de quem vive — e sobe — numa metrópole como a nossa.