A notícia chegou como um soco no estômago para quem conhecia Lorena Pitaluga. Uma sexta-feira comum, 2 de outubro, transformou-se num dia de luto em Goiânia. Aos 27 anos, a dentista — cheia de planos e com uma carreira promissora pela frente — teve a vida interrompida de maneira abrupta e devastadora.
O que aconteceu exatamente? Bem, os detalhes são tão simples quanto assustadores. Lorena sofreu uma queda. Uma queda numa escada do prédio onde morava, no Setor Marista. Parece algo banal, não é? Daquelas coisas que a gente imagina que só acontece com os outros. Mas a realidade, às vezes, é cruel demais.
Uma Carreira Interrompida No Melhor Momento
Lorena não era apenas mais uma profissional. Quem conversa com colegas descobre rapidamente: ela tinha aquela centelha especial. Formada há pouco tempo, já construía uma reputação sólida na odontologia goianiense. Pacientes adoravam — e o carinho era recíproco.
"Ela tinha um dom para acalmar os mais ansiosos", lembra uma colega de profissão que prefere não se identificar. "E o sorriso? Ah, o sorriso dela iluminava o consultório."
O Dia Que Tudo Mudou
O acidente aconteceu por volta das 7h da manhã. Horário de começar o dia, preparar o café, pensar nas consultas marcadas. Lorena subia as escadas quando tropeçou. A queda foi grave — muito grave. O corpo não resistiu ao trauma.
O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente, mas... algumas batalhas a gente perde antes mesmo de começar a lutar. Ela foi levada ao Hospital de Urgências de Goiânia, mas os médicos só puderam constatar o óbito.
O Vazio Que Fica
Agora imagine a cena: familiares e amigos reunidos, tentando processar o inprocessável. Como explicar que alguém tão jovem, tão cheio de vida, partiu numa manhã comum? A dor é daquelas que não cabem em palavras.
Nas redes sociais, a comoção tomou conta. Colegas, pacientes, conhecidos — todos compartilhando histórias, lembranças, aquele atendimento especial que só Lorena sabia fazer. O luto coletivo escancara o impacto que uma única pessoa pode ter na vida de tantos outros.
Além da Tragédia Pessoal: Um Alerta Necessário
E aqui vem a parte que dói pensar — mas precisa ser dita. Acidentes domésticos matam mais do que a gente imagina. Segundo dados do Ministério da Saúde, quedas são a segunda maior causa de mortes acidentais no Brasil. E o pior? Muitas poderiam ser evitadas com medidas simples:
- Manter escadas bem iluminadas
- Instalar corrimãos seguros
- Evitar deixar objetos no caminho
- Usar calçados adequados dentro de casa
Parece óbvio? Talvez. Mas quantos de nós realmente prestam atenção nesses detalhes no dia a dia?
O Legado de Lorena
Enquanto a família se prepara para o velório — que acontecerá no Cemitério Jardim das Palmeiras —, o que fica é a lembrança de uma profissional dedicada e uma pessoa especial. A delegada Tatiane Lacerda, responsável pelo caso, já afastou qualquer suspeita de crime. Foi um triste acidente, daqueles que nos lembra o quanto a vida é frágil.
Talvez a maior homenagem que possamos fazer a Lorena seja prestar mais atenção nos pequenos perigos que nos cercam. Porque a verdade é que tragedyas assim não escolhem vítimas — elas simplesmente acontecem. E quando acontecem, deixam um vazio que nenhum sorriso consegue preencher.
Descanse em paz, Lorena. Sua memória permanecerá não apenas nos consultórios de Goiânia, mas no coração de todos que tiveram o privilégio de cruzar seu caminho.
