Imagine chegar no aeroporto internacional mais movimentado do país e se deparar com... escuridão. Pois é, foi exatamente isso que aconteceu com centenas de passageiros em Guarulhos na manhã desta quarta-feira (3).
Por volta das 9h30, sem aviso prévio, as luzes simplesmente apagaram. Não foi aquela queda de energia rápida que a gente até espera às vezes – foi um blecaute generalizado que mergulhou terminais inteiros na penumbra.
O caos foi instantâneo. Sistema de check-in? Parado. Esteiras de bagagem? Imóveis. Aquelas telinhas de voo que a gente fica vidrado? Totalmente escuras. E olha que estamos falando de um aeroporto que movimenta milhares de pessoas por hora.
Desespero nos corredores
Os relatos que circulavam eram de pura confusão. Passageiros perdidos, funcionários tentando orientar no escuro – muitos usando até a lanterna do celular para enxergar algo. "Parecia cena de filme apocalíptico", me contou uma passageira por mensagem, ainda abalada.
E não parou por aí. Com os sistemas operacionais offline, várias companhias aéreas tiveram que simplesmente cancelar embarques. Quem tinha voo marcado ficou naquele limbo terrível: esperar ou desistir? Alguns desembarcaram e ficaram presos no avião porque não tinha como operar as pontes de acesso.
E a explicação?
Segundo a GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto, o problema foi numa subestação de energia. Eles garantiram que os geradores de emergência entraram em ação – mas claramente não foram suficientes para evitar o transtorno generalizado.
Por volta do meio-dia, quase três horas depois, a energia voltou gradualmente. Mas o estrago já estava feito: dezenas de voos atrasados, outros cancelados, e uma multidão de pessoas frustradas tentando remarcar passagens e remontar os planos que foram por água abaixo.
Situações como essa expõem o quanto dependemos de infraestrutura que nem percebemos – até ela falhar. E deixam todo mundo se perguntando: será que estamos preparados para imprevistos desse nível?
