Era pra ser mais um dia normal de trabalho. O sol já castigava forte em Selvíria, naquele 10 de setembro, quando o destino interveio de forma brutal. Por volta das 10h da manhã, um trabalhador de 42 anos – nome ainda não divulgado – estava lá, dentro de uma vala de três metros de profundidade, fazendo o seu serviço.
De repente, sem aviso algum, as paredes de terra simplesmente cederam. Toneladas e mais toneladas de solo desabaram sobre ele, num piscar de olhos. Um desespero total tomou conta do local.
Os colegas, em pânico, correram. Tentaram escavar com as próprias mãos, gritando por ajuda. Algo inimaginável. O Corpo de Bombeiros foi acionado ás pressas, mas sabe como é… nessas horas, cada minuto parece uma eternidade.
Uma Corrida Contra o Relógio
Quando os bombeiros chegaram, a situação era das mais críticas. Eles trabalharam freneticamente para resgatar o homem soterrado. Uma operação delicada, com medo de mais deslizamentos. Finalmente, conseguiram retirá-lo dali.
Mas aí… ah, aí foi outra facada. A equipe do SAMU fez de tudo, tentou reanimá-lo, mas não teve jeito. Os ferimentos eram gravíssimos. Ele não resistiu. Foi declarado morto no local, deixando para trás uma família e um vazio enorme.
O que restou foi o silêncio pesado e a pergunta que não quer calar: será que isso poderia ter sido evitado? Esse tipo de acidente, francamente, me parece sempre tão previsível, mas nunca é.
O Que Acontece Agora?
A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as causas exatas do desabamento. Eles vão investigar se todas as normas de segurança – a tal da NR-35 – estavam sendo seguidas à risca. A empresa responsável pela obra certamente vai passar por um scrutiny intenso.
É aquela velha história: obra precisa andar, prazo aperta, e às vezes os protocolos básicos ficam em segundo plano. Só que o preço, quando se paga, é o mais alto possível. Uma vida.
O caso foi registrado como morte suspeita na Delegacia de Polícia de Paranaíba, que é a cidade polo da região. O IML já fez a remoção do corpo, e a perícia no local deve dar mais detalhes técnicos sobre a estrutura da vala.
Enquanto isso, uma família chora. E um alerta, mais uma vez, fica pairando sobre a importância vital da segurança em operações de risco. Que essa tragédia sirva, pelo menos, para evitar outras.
