Era pra ser mais um dia normal de obra, sabe? Aquela correria típica de canteiro, o barulho das máquinas, o suor dos operários. Só que dessa vez, no Estádio Municipal de Ituiutaba, o que deveria ser rotina virou pesadelo. Um trabalhador, um cara comum como a gente, perdeu a vida de forma brutal — eletrocutado. Sim, em pleno 2025, ainda estamos vendo esse tipo de coisa acontecer.
A Polícia Civil, claro, não ficou parada. Abriu um inquérito e, pasmem, indiciou a construtora responsável pela obra. A empresa agora responde por homicídio culposo. Homicídio culposo, gente — isso significa que a morte não foi intencional, mas será que não havia como evitar? A gente sempre se pergunta.
O pobre coitado estava lá, fazendo seu serviço, quando tocou em uma parte energizada da estrutura. A descarga foi fatal. Os colegas tentaram socorrer, chamaram os bombeiros, mas não deu tempo. Que desespero deve ter sido a cena, meu Deus.
E olha só que curioso: o laudo preliminar do IML já saiu e confirmou a causa da morte como choque elétrico. Não teve erro, não. A perícia técnica no local também foi feita e, pelo que tudo indica, a tal parte da estrutura não deveria estar energizada. Alguém vacilou feio.
Agora, o que me deixa mais puto é pensar na família do cara. Eles devem estar arrasados, sem chão. Imagina perder alguém assim, de repente, por um descuido que nem era seu? A defensoria pública já entrou em cena, oferecendo apoio jurídico. Espero que corra atrás dos direitos deles.
Ah, e a obra? Paralisada. Óbvio. Ninguém vai botar a mão num lugar onde um companheiro morreu, pelo menos não até saber que está seguro. A prefeitura de Ituiutaba emitiu uma nota de pesar — aquela coisa padrão, né? — e disse que está acompanhando as investigações. Tomara que acompanhem mesmo, porque isso não pode ficar por isso mesmo.
Esse caso me lembra uma porção de outros que a gente vê por aí. O tanto de acidente de trabalho que acontece neste país é absurdo. Sempre é o mesmo roteiro: morte, indiciamento, investigação e, não raro, uma prescrição ou um acordo que deixa todo mundo frustrado. Torço para que dessa vez seja diferente.
Enquanto a justiça não vem, o que resta é a dor da perda e a certeza de que, lá em Ituiutaba, um estádio que era pra ser motivo de orgulho vai carregar para sempre a memória de uma tragédia anunciada.
